Como uma ação do Itinerário Formativo do Novo Ensino Médio, o Colégio Estadual Joaquim de Sena e Silva, de Combinado, região Sudeste do Tocantins, promoveu uma aula campo e roda de conversa, na sexta-feira, 20, com os moradores da Comunidade Quilombola Lagoa da Pedra, de Arraias. O objetivo foi realizar uma roda de conversa, com a participação dos moradores, para que fossem compartilhadas as práticas culturais, a história da criação da comunidade, bem como suas lutas e conquistas. 

Na programação da aula de campo, além da roda de conversa, foi feita uma visita até a horta mandala (uma estrutura de produção que se expande em círculos concêntricos com cultivo de diversas plantas e animais) e a lagoa, a qual originou o nome da Comunidade. 

A atividade extraclasse é uma ação da Eletiva “Aprender a Conhecer” com tema “Cultura Quilombola – Jeito de ser e fazer”. A ação contou com o planejamento e organização da professora Janaína da Silva Marra, juntamente com os estudantes da unidade escolar com a parceria da Secretaria Municipal de Educação e de moradores locais como, Ruimar Antônio de Farias, Rosana Antônio de Farias e Lucrécia Dias.

Participaram da ação os estudantes das segundas e terceiras séries do Ensino Médio, juntamente com servidores da unidade, representantes da Superintendência Regional de Educação (SRE) de Arraias, representante do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), de Combinado, moradores e lideranças da comunidade, estudantes e servidores da Escola Municipal Joaquim Aires França. 

Para a professora idealizadora da ação, Janaina da Silva Marra, “é muito importante sair da teoria e vivenciar a prática, pois momentos como esse faz o aluno conhecer, respeitar e valorizar outras culturas construindo assim uma sociedade inclusiva”. 

Uma das moradoras e responsáveis pela luta e conquista para se tornar reconhecida como “Comunidade Quilombola Lagoa da Pedra”, dona Inácia, salientou que momentos como esse são importantes para falar de como a comunidade surgiu e se mantém até os dias atuais. Reforçou também as conquistas e políticas públicas que obteve após o reconhecimento como comunidade quilombola.

Para o representante da SRE de Arraias, o técnico Pedagógico de Currículo Formação e Avaliação da Aprendizagem de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Haroldo Silis Mendes da Silva, “é importante levar para o debate em sala de aula a questão da demarcação das terras, tanto das comunidades quilombolas quanto dos povos originários, os indígenas”. 

Para a moradora e produtora do documentário “A Sússia”, Lucrécia Dias, momentos como esse são importantes para compartilhar a cultura e costumes da comunidade com os visitantes. Na oportunidade os estudantes assistiram ao documentário. 

A estudante da segunda série, Rillary Tailla Gonçalves dos Santos, falou sobre sua experiência positiva. “Participar da aula campo e da roda de conversa me fez repensar alguns conhecimentos já adquiridos, me auxiliando a ter mais empatia e reconhecer como as mudanças e conquistas foram árduas e demoradas para esses moradores”. 

Lenna Borges/Governo do Tocantins

Revisão Textual: Ruth Soares Borges/Governo do Tocantins