O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o grupo Empodera, do Cabo de Santo Agostinho, entregaram, na última terça-feira (10), 80 smartphones para estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) João Bezerra, no Recife. A ação teve o objetivo de facilitar o acesso dos estudantes que estão prestes a realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além dos celulares, os jovens também receberão pontos de internet instalados em suas residências, tendo com uma das principais finalidade estimular os estudantes a ingressarem nas universidades, bem como levar a inclusão virtual para toda a família. A entrega foi realizada na quadra da escola e reuniu o representante da UNICEF, Dennis Larsen, a representante do Brasil no Fundo Malala e integrante do Centro das Mulheres do Cabo (CMC), Cássia Jane, estudantes e professores.

Uma das contempladas com o celular foi a aluna Hevelyn Vitória de 18 anos, que contou que ganhou uma segunda chance para concorrer a uma vaga no Enem. “Eu estava num curso pré-universitário antes da pandemia, mas não conseguia acompanhar as aulas por causa da internet e do meu celular. Ele foi danificado durante a pandemia e essa é uma segunda chance, pois eu usava um aparelho que não servia para quase nada. Além disso, a internet da minha casa oscila muito e essa internet que vai ser instalada aqui, vai ajudar ainda mais a minha irmã, que faz faculdade, e as minhas outras duas também”, disse a jovem.

“Eu achei uma iniciativa incrível, pois dá oportunidade às pessoas que não têm condições de financiar um curso pré-vestibular e nem de adquirir um aparelho eletrônico caro. Esse projeto incentiva os jovens a não desistirem de seus sonhos e mostra aos estudantes que eles têm com quem contar e que tem gente torcendo pelo progresso e pela vitória deles na vida acadêmica”, avaliou o estudante Siddhartha Feliciano.

“A parceria com a Unicef revigora a energia dos estudantes que desejam ingressar nas universidades. Boa parte dos alunos estão dividindo o celular com a mãe, irmãos ou amigos, além de estudarem em espaços mínimos margeados pelos barulhos da casa. Com essa ação, os alunos estão mais motivados tornando essa parceria em um dos focos da gestão democrática”, considerou Viviane da SIlva, gestora da escola.