Lenna Borges/Governo do Tocantins

O Projeto Horta Escolar está sendo executado no Colégio Estadual Serra das Cordilheiras, em Colmeia, como uma atividade prática da trilha de aprofundamento “Agronegócio e Agricultura Familiar”, para os estudantes das turmas de 2° e 3° série do Ensino Médio. O projeto surgiu a partir de uma leitura investigativa do livro didático, Projetos Integradores, integrando as disciplinas de matemática, física e biologia, sob a responsabilidade da professora de biologia e coordenadora da área de Ciências da Natureza, Lana Carolina Borges Santos. 

De acordo com a professora e coordenadora, após a aceitação pela equipe escolar ficou estabelecido que o projeto seria realizado em parceria com pais dos alunos, que são agricultores na comunidade. “A primeira ação foi viabilizar uma visita nas hortas que fazem parte da agricultura familiar desenvolvida na Comunidade Matinha, no município de Colmeia, a missão foi oportunizar espaços de práticas pedagógicas e valorização do conhecimento saber-fazer”, explica.

Lana Carolina Borges Santos complementa que essas práticas estão associadas ao Itinerário Formativo: Trilha de Aprofundamento, que de forma multidisciplinar desenvolve habilidades relevantes para formação integral do aluno relacionada ao Agronegócio e Agricultura Familiar, “a fim de permitir conexões de experiências educativas com contemporaneidade, fortalecer processos de ensino e aprendizagem que sensibilizem e promovam a cidadania ambiental, podendo influenciar nas aptidões pessoais e ou coletivas, e nas escolhas de atuação na sociedade e no mundo do trabalho”.

O professor de matemática e economista, Weder Soares de Lima, tem o foco na parte teórica, com a introdução ao agronegócio, de como funciona e sobre os três pilares da economia: importação, produção e exportação. Já o professor de física, Waldisney Nunes de Andrade, trabalha com módulos da trilha e o papel em relação ao projeto da Horta Escolar e a implantação na unidade escolar. 

“Fizemos o levantamento do terreno, os cálculos sobre a quantidade de terra, adubos, ferramentas, a avaliação da dimensão da horta e dos canteiros e quais as espécies que poderiam ser plantadas. Muitos alunos moram na zona rural e o objetivo seria fazer com que eles trouxessem o conhecimento de plantio, daquilo que eles já fazem para compartilhar com os que ainda não plantaram e para que pudessem levar esse conhecimento também de volta, serem multiplicadores”, explicou o professor Waldisney Nunes de Andrade.

Também participante do projeto, a professora de matemática, Deovanis Pacífico de Oliveira, disse que está trabalhando com os alunos a história da mecanização agrícola, como a agricultura e a pecuária familiar foram desenvolvidas desde o século XVIII até os dias atuais. Como a vida tem melhorado para quem mora no campo com as novas tecnologias, a exemplo da canalização de água, luz elétrica, internet e telefone. “Tudo isso faz parte do desenvolvimento da agricultura familiar, da pecuária e tem melhorado a qualidade de vida dos nossos pequenos e grandes produtores no Brasil”.

O professor de Biologia, Wanderson Gabriel de Lima, trabalha na trilha com os módulos cinco e seis, onde é discutida a proposta do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “Essa trilha despertou grande interesse nos nossos alunos, iniciamos com apenas uma turma, mas a procura foi grande e precisamos abrir a segunda turma. Hoje estamos com esse projeto da horta. A proposta do novo Ensino Médio é essa, as trilhas vêm para fazer com que esse aluno seja protagonista. E aqui na escola nós temos vários alunos protagonistas que orgulham seus professores”, elogiou.

O aluno Saulo de Jesus Marques Borges faz parte da trilha do agronegócio e participa do projeto da horta escolar. “Isso tem contribuído muito com o meu aprendizado, tanto dentro da escola quanto no dia a dia do meu trabalho. Eu moro na zona rural e na minha realidade coloco em prática o que eu aprendo na escola. Levo também os meus conhecimentos da horta da comunidade Matinha, onde minha família tem uma horta e compartilho com os meus colegas da trilha os meus conhecimentos”, completou.

Revisão Textual: Ruth Soares Borges/Governo do Tocantins