A solenidade de conclusão teve a presença da vice-governadora Izolda Cela; da secretária da Educação, Eliana Estrela; do superintendente executivo do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques; e do deputado federal Idilvan Alencar. A coordenadora de Formação Docente e Educação a Distância da Seduc, Vagna Lima, foi a mediadora do diálogo.

Izolda Cela expõe a necessidade da abertura ao novo e às diferenças na prática docente. “Paulo Freire nos inspira e nos põe em movimento. Tivemos um circuito de aprendizagem, com encontros para a reflexão conjunta, para aprendermos mais uns com os outros e com os grandes mestres, o que é muito saudável para uma rede. A temática do seminário, que traz motes como liberdade e emancipação, é desafiadora. A liberdade, no âmbito da docência e da discência, deve sempre ser baseada em princípios éticos. A profissão de professor nos convoca, permanentemente, ao exame interior sobre o que exatamente significa”, considera.

Engajamento

Eliana Estrela enaltece o envolvimento e a colaboração dos professores na programação. “O seminário aguça em nós o espírito de transformação, pois desenvolvemos um processo de escuta sensível, regado de afeto e amorosidade. Aprendemos juntos, com respeito e ética, por meio das vozes de tantos educadores, que atuam diretamente na construção do conhecimento em sala de aula, com responsabilidade e liberdade. É fundamental reduzirmos a distância entre o que dizemos e o que fazemos, de forma que, em um dado momento, a fala seja a própria prática, como definiu Paulo Freire. Nada se faz sozinho”, explica.

Idilvan Alencar defende que a emancipação por meio da educação, proposta por Paulo Freire, não é um processo individual, mas coletivo. ”É preciso emancipar o sujeito oprimido, para que se torne responsável pela construção da sua história. Os homens devem se tornar conscientes e capazes de se libertarem desta condição. Essas falas de Paulo Freire dão uma amplitude ainda maior à questão do ensino e da aprendizagem, pois escola é espaço de reflexão e nós apostamos na força dela”, acredita.

Ricardo Henriques ressalta a importância do diálogo na construção da liberdade por intermédio da educação. “As escolas e os educadores se veem desafiados a construir sentido para a educação. Destaco o aspecto da mobilização a partir de um olhar crítico e esperançoso. O verbo esperançar deriva do exercício contínuo de reflexão e ação sobre a realidade. O professor não é o que transfere conhecimento e engessa a relação, mas o que promove diálogo, tem escuta forte, estabelece troca e intercâmbio de saberes, qualificando o processo de aprendizagem para o aumento da consciência de si e do mundo”, pondera.