educação inclusiva
06.04.2018O Pará possui 7.983 alunos atendidos pela Educação Especial matriculados regularmente na rede estadual de ensino. Destes, 1.187 alunos possuem Transtorno de Espectro Autista (TEA). Nesta quinta-feira (5), o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), apresentou os avanços nas políticas públicas voltadas ao atendimento de alunos com autismo durante sessão especial na Câmara Municipal de Belém.
Mediante as ações articuladas e integradas, a Coordenadoria de Educação Especial (COEES) participa ativamente para a organização da Educação Especial em escolas da rede estadual de ensino pertencentes a Unidades Regionais de Educação (UREs) e Unidades Seduc na Escola (USEs), contribuindo para o cumprimento da meta quatro do Plano Estadual de Educação e seguindo as diretrizes que regem a política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
Durante a sessão, a coordenadora do Núcleo de Altas Habilidades da COEES, Liliane Fiúza de Mello, apresentou as práticas de atendimento que os alunos recebem na rede estadual de ensino, tais como a oferta de 630 salas de recursos multifuncionais distribuídas nas escolas da rede regular de ensino, sendo 247 localizadas em Belém; apresentação das seis unidades e núcleos especializados; bem como o quantitativo do quadro técnico que atua na educação especial.
No Pará existem aproximadamente 1.700 servidores que atuam na Educação Especial, em escolas que possuem salas com recursos multifuncionais, em unidades centros e núcleos especializados, assim como instituições conveniadas à Seduc.
A partir deste mês, a Seduc vai nomear 125 novos monitores que atuarão no apoio de alunos autistas em atividades como alimentação, higiene e locomoção. Ao todo, 315 monitores foram selecionados a partir de processo seletivo, realizado em 2016. Até o final do ano, serão 413 estagiários chamados para atuar como apoio escolar.
Com a nomeação de novos monitores, a Secretaria visa promover o acesso e permanência do aluno com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento, transtorno de espectro do autismo, altas habilidades e superdotação no sistema de ensino regular.
Formação de novos monitores
Nesta quinta-feira (5), foi realizado um encontro para a formação em serviço aos profissionais de Educação Especial e estagiários para atuar no apoio escolar. Na ocasião, cerca de 200 pessoas acompanharam a palestra ministrada pelo coordenador do Núcleo de Atendimento Educacional Especializado aos Transtornos do Espectro do Autismo (NATEE), Felipe Linhares, que abordou o papel destes profissionais na educação destes alunos.
“Com esses encontros buscamos oferecer formação continuada para todos os profissionais que atuam com alunos que tem Autismo, a fim de alcançar todo o Estado, através das UREs e USEs da Região Metropolitana de Belém (RMB) e do interior”, ressalta a especialista em Educação da COEES, Renata Medeiros.
Em sua primeira experiência como estagiária no apoio escolar, a estudante de Biologia Francisca Santos, 21 anos, vê na formação uma oportunidade para se informar sobre como lidar com os alunos que tem autismo. “Trabalho com três crianças autistas e tenho algumas dificuldades em como agir quando elas estão muito agitadas. O que vemos na universidade não é suficiente, pois a vivência é bem diferente da teoria. Aqui posso ampliar meus conhecimentos e dar um suporte especializado para as crianças”, comentou.
O próximo encontro será realizado no dia 30 de maio para abordar o atendimento voltado para alunos com deficiência intelectual e paralisia cerebral.
Por Camila Barros (Ascom Seduc)
Imagem: Eliseu Dias (Ascom Seduc)