Pará
24.05.2017Nos últimos dois anos, cerca de cinco mil professores da rede estadual de ensino participaram de treinamentos promovidos pelo Centro de Formação dos Profissionais da Educação Básica do Pará (Cefor), da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). O objetivo é priorizar o ensino e assimilação de conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática – centro de atenção primordial do Sistema Paraense de Avaliação Educacional (SisPAE). A partir do segundo semestre, as demais áreas do conhecimento também passarão a ser atendidas pelo Centro.
O Cefor surgiu em 2014, no âmbito do Programa de Melhoria da Qualidade e Expansão da Cobertura da Educação Básica, que dá materialidade ao Pacto pela Educação. Seu objetivo é planejar e executar ações de qualificação de professores, supervisores e gestores escolares. As atividades do Cefor fazem parte de três projetos: Aprender Mais Fundamental; Aprender Mais Médio e Jovem de Futuro. À medida que esses projetos avançaram, a demanda aumentou. O Cefor passou a receber demandas das secretarias municipais de Educação. “A orientação do governador Simão Jatene é de que atendamos a todos os pedidos de treinamentos”, detalha o coordenador do Cefor, Carlos Miranda.
Em junho, os técnicos do Cefor receberão uma capacitação na área de planejamento dos cursos. “Como o SisPae nos dá esses apontamentos em Língua Portuguesa e Matemática, ganhamos uma expertise e agora vamos expandir pras outras áreas pedagógicas. Além disso, no segundo semestre, vamos desenvolver formações específicas também nos municípios de Santarém e Marabá”, acrescenta. Ainda no segundo semestre, serão oferecidas formações nas áreas de educação no campo; quilombola e indígena.
O professor José Nivaldo Piedade, do município de Paragominas, tem participado de formações oferecidas pelo Cefor. Licenciado em Matemática, ele está na Seduc desde 2002. “Sem dúvida, as qualificações fortalecem as nossas práticas pedagógicas em sala de aula”, afirma.
Mundiar – Outras atividades de qualificação de professores oferecidas pela Seduc estão dentro do projeto Mundiar, desenvolvido em parceria com a Fundação Roberto Marinho – um dos parceiros da Seduc no Pacto pela Educação. O objetivo é acelerar a aprendizagem e corrigir o fluxo escolar dos estudantes em distorção idade/ano. A metodologia utilizada é a da telesala (suporte de videoaulas). Os professores do Mundiar recebem formações específicas, executadas pelo próprio projeto.
A professora Alice Costa, licenciada em Geografia, trabalha com turmas do Ensino Médio do Mundiar. “As formações são fundamentais para o bom funcionamento do projeto. A Fundação Roberto Marinho desenvolveu essa metodologia maravilhosa e fascinante (telesala). Sempre que temos uma formação, revigoramos nossas forças, trocamos experiências e quando voltamos para a sala de aula estamos mais preparados e motivados para mediar nossos conteúdos com qualidade”, acredita.
Em 2014, ano em que começou, o Mundiar preparou 80 professores; em 2015 foram mais de 600, e, em 2016, 490, totalizando, até agora, 1.170 professores capacitados. A previsão para de 2017 é de que cerca de 400 professores trabalhem com as turmas.
Somando os professores treinados pelo Mundiar e o que já passaram pelas formações do Cefor, a Seduc já contabilizou 6.170 educadores treinados desde 2014.
Texto:Elck Oliveira
Fotos: Fernando Nobre