Pará
16.05.2023O secretário de Estado de Educação do Pará (Seduc), Rossieli Soares, representou o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) em reunião em Brasília, nesta terça-feira (16), com as entidades envolvidas na consulta pública sobre o Novo Ensino Médio. A reunião interna contou com a participação do Ministro da Educação, Camilo Santana, da secretária executiva do MEC, Izolda Cela, e do secretário de Articulação com os Sistemas de Ensino, Maurício Holanda.
"Programas precisam de revisão depois de serem implementados, porque é a partir desse momento que nos deparamos com condições específicas que por alguma razão não estiveram inicialmente contempladas. É fundamental que não deixemos reduzir o debate sobre o Novo Ensino Médio a um projeto partidário, a discussão não pode partir desse ponto. O pensamento reducionista só prejudicará nossos profissionais e nossos estudantes que tanto precisam", destacou Rossieli Soares, secretário de Estado de Educação do Pará.
A consulta sobre o Novo Ensino Médio está sendo desenvolvida por meio de audiências públicas, oficinas de trabalho, seminários e pesquisas nacionais com estudantes, professores e gestores escolares sobre a experiência de implementação do Novo Ensino Médio nos 26 estados e no Distrito Federal.
Também na reunião, estiveram os representantes do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação (Foncede) e da Associação Nacional de Educação Católica (Anec), além do Ministério da Educação.
Na oportunidade, o secretário Rossieli Soares foi convidado a conhecer a nova sede da Associação Nacional de Educação Católica (ANEC). Ao lado do presidente do Foncede, Ricardo Tonassi, ele conversou com membros da diretoria da Associação sobre o atual momento de discussões da Educação Básica.
Senado - Ainda em Brasília, também representando o Consed, o secretário de Estado de Educação do Pará participou de uma audiência no Senado Federal que debateu a temática da prevenção da violência nas escolas. O debate foi requerido pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES) e contou com a participação de representantes dos ministérios da Educação e da Igualdade Racial, além do Instituto Sou da Paz.
''Vivemos uma onda complexa de violência nas escolas, uma violência profunda, então eu louvo essa ideia do debate. Os Estados têm vivido momentos difíceis, então quando estive à frente da Secretaria de Educação em São Paulo, enfrentamos uma situação bastante desafiadora, que foi o episódio da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano. Precisamos debater mais isso e criar políticas para ensinar nossos jovens. O que aprendi até aqui e pretendo trabalhar onde eu estiver é que precisamos ser antirracistas, construindo um processo de formação fundamental em nossas redes. Temos diversas ferramentas hoje para combater essa sociedade cada vez mais violenta'', disse ele.
Dentre as inúmeras ações, Rossieli destacou que, por meio de projeto de Lei, o Governo do Pará criou o programa Escola Segura a partir de uma articulação com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup). A iniciativa conta com 342 psicólogos e com mais de mil policiais militares da ativa, que já estão contratados em jornada extraordinária, e outros 45 da reserva que serão convocados para apoiar as regionais de ensino. Desde o dia 14 de abril, as escolas da rede estadual de ensino já contam com o apoio da frota do programa e com o aplicativo “Alerta Pará Escola” para apoio imediato em situações emergenciais em todas as escolas.
''É preciso criar uma rede para escolas, trazer a assistência social, a saúde, e trabalhar com bastante força também a questão da saúde mental. Precisamos transformar as nossas escolas em um local de proteção para nossas crianças e adolescentes'', disse Carolina Ricardo, diretora executiva do Instituto Sou da Paz.
''Precisamos trazer mais esse debate para o público, o fato de estarmos debatendo a violência nas escolas é muito importante para trazer à tona as discussões, pois as escolas estão mobilizadas, os estados estão mobilizados, e aqui no Senado também estamos. Quero reiterar aqui que nós enquanto Governo Federal estamos criando o maior programa de formação para prevenção da violência nas escolas, por meio do recurso Avamec, para que as pessoas possam ter acesso sobre como implementar essas ações. A escola precisa continuar sendo o maior espaço de transformação da nação'', finalizou Yann Evanovick, coordenador de políticas educacionais da juventude do Ministério da Educação.
Texto: Bruno Magno / Ascom Seduc
Foto: Luiz Fortes / MEC