Bahia
14.05.2020Professores e estudantes da rede estadual dos 27 Núcleos Territoriais de Educação (NTE) participaram, nesta quarta-feira (13), da live com o tema “Livro didático: uma abordagem da Matemática no contexto do Ensino Médio”. Realizado pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), o encontro virtual teve como objetivo promover um ambiente entre os participantes para a produção colaborativa de iniciativas que mobilizem saberes e que contribuam com a melhoria do desempenho escolar. A atividade está dentro do Programa Bahia Olímpica, que tem como uma de suas propostas pedagógica as “Olimpíadas do Conhecimento: conectando saberes e vivências ao currículo”, que acontece em sua 11ª edição.
Realizado em parceria com a Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM), o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática (Grupo EMFoco) e a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), o bate-papo aproximou os professores da discussão acerca do livro didático de Matemática como um recurso acessível a todos os estudantes, sob a mediação do professor de Matemática da UFRB, diretor da SBEM-BA e membro do Grupo EMFoco, Gilson Bispo de Jesus.
A coordenadora do Programa Bahia Olímpica da SEC, Shirley Costa, destacou que o debate sobre o livro didático atende a uma demanda dos professores de Matemática que reconhecem o mesmo como um recurso acessível a todos e, portanto, um aliado no momento de suspensão das aulas presenciais. “Em uma ação conjunta com a SBEM e o Grupo EMFoco, o Programa Bahia Olimpíca pretende oportunizar o debate sobre diferentes abordagens de conteúdos essenciais para a formação do estudante de Ensino Médio. Para isso, trouxemos o professor Luiz Marcio Imenes, autor de diversos livros de Matemática que se destacam pela abordagem inovadora, com foco na autonomia no processo de aprendizagem e que reconhecem a Matemática como uma linguagem fundamental para a formação do estudante crítico”.
O professor e autor Luiz Márcio Imenes abordou questões como a excepcionalidade da situação que estamos vivendo; o livro didático como recurso acessível a todos; as dificuldades como a cultura escolar e o livro didático de Matemática; a necessidade de fazer escolhas em situações extremas, como a atual; e a importância de ter referências para a definição de prioridades. “A SEC acertou muito quando compreendeu que o único recurso que podemos contar, agora, é o livro didático, porque nem todos estudantes têm computador e acesso à internet. Mas o livro didático está nas mãos de todos e é, portanto, um recurso estratégico importante. Mas uma das dificuldades é que na cultura escolar, como também na social, o livro didático de Matemática não é para ser lido. Ele acaba servindo de um depósito de exercícios. Mas o livro didático de Matemática é para ser lido e não se ler Matemática sem lápis e papel do lado para rascunhar, fazer cálculos, esboçar um gráfico”.