Bahia
10.12.2019A Secretaria da Educação do Estado (SEC) está promovendo a “II Mesa de Diálogo: A Educação Escolar Quilombola do Estado da Bahia”, no Instituto Anísio Teixeira, em Salvador. A atividade que foi iniciada na segunda-feira (9) e segue até esta terça-feira (10), conta com a participação de técnicos da SEC, de representações do Fórum Permanente da Educação Escolar Quilombola e de comunidades quilombolas do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). O objetivo é fazer escutas e debates sobre a realidade dos estudantes quilombolas, que subsidiem novas ações focadas no fortalecimento do processo de ensino e a aprendizagem.
A coordenadora da Educação do Campo e Quilombola da SEC, Poliana dos Reis, explicou a importância do encontro para o aprimoramento na oferta de ensino para a comunidade quilombola. "Esta atividade faz parte da missão que temos com a implementação da política de Educação Quilombola. E neste processo, para que ele seja legítimo, precisamos estar embasados na memória coletiva, nos marcos civilizatórios e nas práticas culturais destas comunidades. Então é importante estamos juntos e dialogarmos com as representações que de fato conhecem a realidade do estudante quilombola, garantindo que possam se apropriar dos conhecimentos científicos e tradicionais ", destacou.
De acordo com a programação, no primeiro dia do encontro, foi realizado um debate com o tema “Panorama da Política, Educação e Cultura Quilombola”, com a doutora em Antropologia e professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Mariana Fernandes, quando foi discutida a implementação das diretrizes curriculares da Educação Escolar Quilombola nos cenários nacional e estadual e a construção destas mesmas diretrizes nas redes municipais, o que já vem ocorrendo com bastante êxito em cidades dos territórios do Baixo Sul, Litoral Sul e Nordeste Semiárido II. Em grupo, os participantes apresentaram propostas que subsidiarão as escolas quilombolas para a Jornada Pedagógica de 2020.
Ainda durante o encontro, serão debatidas questões voltadas às políticas para a juventude; currículo; formação específica dos profissionais que atuam em escolas quilombolas; Educação Superior; além de serem apresentadas experiências exitosas das escolas quilombolas.