Bahia
18.02.2021A Secretaria da Educação do Estado da Bahia deu início, nesta quinta-feira (18), ao primeiro minicurso "Iniciação científica e projeto de vida: da Educação Básica ao Ensino Superior", com o objetivo de orientar estudantes participantes do Programa Ciência na Escola sobre as carreiras científicas nas universidades. A atividade, realizada na plataforma Google Meet, integra a celebração em alusão ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado no dia 11 de fevereiro.
A diretora de Educação Superior da SEC, Ivanilda Amado, destacou que os minicursos ampliam ainda mais as possibilidades de trocas de conhecimentos e fortalecimento das aprendizagens. “A participação de professoras universitárias e da Educação Básica na oferta dos minicursos fortalece a integração da Educação Básica e da Educação Superior, bem como reafirma os compromissos da Secretaria da Educação e das universidades brasileiras na promoção de uma educação de qualidade, transdisciplinar, antirracista e equânime”, ressaltou.
A ex-estudante da rede estadual Bruna Palmeiras Santos, vencedora da Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (FECIBA) e ex-bolsista do programa de Iniciação Científica Júnior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (ICJ-CNPq), compartilhou a experiência na área da iniciação científica no Ensino Médio, no município de Antônio Cardoso, mostrando como elabora uma pesquisa, e na Universidade Federal da Bahia, onde cursa Direito. “No 2º ano, a professora de Geografia, Patrícia Peixoto, foi muito importante neste meu percurso, quando ela nos propôs um projeto de iniciação científica a população quilombola de Antônio Cardoso. Fomos vitoriosos na FECIBA e, depois, na FEBRACE (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia Criatividade e Inovação), em São Paulo. Pude aproveitar as oportunidades de fazer iniciação científica que tive no Ensino Médio e cheguei na universidade preparada, com senso crítico para questionar, investigar, tentar resolver um problema social”.
O tema foi abordado pela professora e cientista Rosemary Lopes, da Educação Básica da rede estadual de ensino. “Educação Científica é um processo contínuo, que vai nos acompanhar para o resto da vida, e que pode se iniciar no Ensino Médio, por meio das feiras de Ciências das escolas. E o primeiro passo é saber se nas escolas está aberta a inscrição para algum projeto de intervenção social ou tecnológica que irá participar de alguma feira, a exemplo da FECIBA. E a partir daí o estudante parte para aprender a desenvolver a pesquisa junto ao professor-orientador, após escolher o tema a ser pesquisado. A pesquisa, portanto, é um processo de Educação Científica e aqui a gente está tratando da forma de iniciação científica e necessita de uma orientação rigorosa dos professores”.
A professora Mighian Danae Ferreira, da Faculdade Unilab, em São Francisco do Conde, também foi convidada para falar sobre a temática. “Sou professora de Metodologia e a gente sabe o quanto é importante. Na universidade, vocês vão aprender como é que a gente estuda e como melhor aprende. A Metodologia vai dar as ferramentas para aprender como é que se aprende. O que a gente pretendeu aqui, neste bate-papo, foi justamente como é que eu faço o que tenho que fazer e requer um saber, um aprendizado. A escola é um espaço de socialização e em uma sociedade democrática a escola se configura como um dos espaços em que representa esta sociedade. E as políticas públicas são muito importante para garantir o acesso de todos à iniciação científica”.
Segundo minicurso – No próximo dia 25, das 14h às 18h, acontece o segundo minicurso com o tema “Etnomatemática na Educação Básica: uma vivência transdisciplinar”, que tem com o objetivo instrumentalizar professores da rede pública para a inclusão da metodologia da Etnomatemática no processo de ensino e aprendizagem. A aula será ministrada pelas professoras Eliane Costa (UNILAB) e Maria da Conceição França (SME-SP). O link para a inscrição é o https://forms.gle/2Jq71hsQUp5t3F4g8.