Bahia
10.03.2021Como parte das ações voltadas para o início do ano letivo 2020/21 na rede estadual, que ocorre nesta segunda-feira (15), a Secretaria da Educação do Estado (SEC) desenvolveu diferentes estratégias para auxiliar professores e estudantes durante o ano letivo. Os recursos educacionais foram pensados visando atender a todos os estudantes nos diversos perfis de acessibilidade tecnológica, inclusive aqueles que não possuem acesso à internet.
O secretário da
Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, reforçou o compromisso da equipe
para não deixar nenhum estudante de fora. "Temos diversas realidades na
nossa rede escolar no que se refere ao acesso às tecnologias. Por isso,
a equipe técnica da SEC trabalhou para criar Cadernos de Apoio à
Aprendizagem, materiais para uso do Whatsapp, um canal de TV exclusivo, o
Educa Bahia, além dos Roteiros e Pílulas, dos recursos da Plataforma
Anísio Teixeira e das sugestões de planos de ensino para auxiliar
gestores e professores nas atividades remotas, seja qual for o perfil
dos estudantes, de modo que possamos garantir o direito de aprender para
todos", afirmou.
A superintendente de Políticas para a Educação
Básica, Manuelita Brito, destaca que o ensino remoto não é igual ao
ensino on-line. “Teremos atividades síncronas e assíncronas, ou seja,
que podem ter a interação professor-aluno em tempo real (por
videoconferência, por exemplo) ou em tempos diferentes, com outros
recursos educacionais, como o livro didático, os Cadernos de Apoio
(digitais ou impressos), as salas virtuais e o uso educativo do
whatsapp. Cada professor terá autonomia na organização didática e nos
recursos de interação, considerando as possibilidades de cada estudante
com relação ao acesso à internet, se estável, instável ou inexistente”,
acrescentou.
Como organizar as aulas em diferentes situações de acesso à internet
Para
os estudantes com acesso estável à internet, os professores podem
utilizar recursos digitais, como o Google Meet, para interagir em tempo
real de forma on-line, em horário pré-agendado, apresentando suas aulas,
facilitando a participação ativa e interação dos estudantes,
esclarecendo dúvidas e solicitando produções dinâmicas, como vídeos,
áudios e mapas mentais digitais.
Ainda podem ser utilizadas
ferramentas de interação, como as salas virtuais, e outros materiais
on-line, incluindo os recursos educacionais abertos disponíveis na
Plataforma Anísio Teixeira (www.pat.educacao.ba.gov.br). Neste caso, é
fundamental evitar o excesso de exposição à tela, valorizando também os
experimentos feitos em casa, a leitura e a produção escrita.
Para
o estudante com acesso instável à internet (menos de 2h diárias),
pode-se fazer uso de áudios, podcasts e videoaulas (gravadas pelos
professores, selecionadas por eles ou veiculadas pela TV Educa Bahia),
que podem ser enviados por Whatsapp ou e-mail e também postadas no
Classroom, interagindo em tempos diferentes, mas sem abrir mão dos
espaços para o esclarecimento de dúvidas, devolutivas e correções (com
respostas comentadas e construídas de forma coletiva).
Há, ainda,
os cadernos de exercícios e roteiros de estudo. Nessas circunstâncias, o
Whatsapp e o Classroom, que demandam conexões menos robustas, podem ser
bons aliados. Recursos como o ChatClass Bahia, os Formulários do Google
e outros formatos tecnologicamente mais "econômicos" também podem ser
utilizados para mobilizar o estudo individual em casa, orientado e
supervisionado pelos professores.
No caso de estudantes sem
acesso à internet, se for possível captar o sinal da TV Educa Bahia, os
estudantes podem acompanhar as aulas do EMITEC com o uso do Caderno de
Apoio. Propõe-se, ainda, a organização de rotinas (com o uso de Roteiros
de Estudo e Pílulas de Aprendizagem, construídos pela SEC) e o uso de
diários de bordo, por meio do qual os alunos registram suas produções,
sempre com acompanhamento da escola e dos professores. Nesse formato, é
importante que a organização didática considere a centralidade dos
Cadernos de Apoio à Aprendizagem (impressos) e o suporte dos livros
(didáticos, paradidáticos e de literatura).
Recomenda-se que as
escolas construam pastas individuais com os roteiros semanais e
materiais impressos, facilitando a retirada e a entrega das atividades, a
serem feitas nas escolas com pré-agendamento, a fim de evitar
aglomeração. Esta organização também abre espaço para a utilização de
cadernos de questões e simulados e correções feitas por meio de
devolutivas escritas ou por telefone, que também pode ser um recurso
importante para tirar dúvidas, a partir de horários pré-agendados.