Iniciou-se nesta quinta-feira, 19, no hall da Secretaria de Estado da Educação, em Palmas, a exposição “Um olhar para o Tocantins, Educação Inclusiva”.  A atividade é realizada pela Escola Frederico José Pedreira Neto, de Palmas, que traz esse trabalho desenvolvido pelos estudantes que utilizam a sala de recurso para impulsionarem suas potencialidades.

A exposição, que tem como inspiração as fotografias de Emerson Silva e Simone Araújo, se estenderá até a próxima segunda-feira, 23. As telas são releituras realizadas pelos estudantes, sob a orientação da professora de arte Joice Queiroz.

As telas tratam das culturas tradicionais do Tocantins como a quilombola e a indígena, além de envolver diversos olhares como o lazer, o trabalho e a religião. Cada artista tem seu motivo para expressar sua forma de arte.

O estudante Eduardo Jesus Fernandes, da 1ª série do ensino médio, escolheu uma fotografa da Igreja de Nossa Senhora de Natividade, do município de Natividade. Ele comenta sobre sua escolha. “Eu gosto da questão religiosa, como eu sou crente, essa parte me chamou a atenção, eu gosto de pintar desde quando eu tinha seis anos de idade”, destacou.

Luiza Herbet, estudante da 3ª série do ensino médio, conta que mora em Palmas, mas quase não visita os pontos turísticos. Ela conta que escolheu um registro da Praia da Graciosa. “Como eu saio pouco em Palmas, resolvi colocar em tela esse lugar, que é muito visitado. Este quadro é minha primeira pintura a óleo. Tenho outros trabalhos, mas com outros recursos”, comentou.

O estudante Ricardo Joaquim de Oliveira Silvério trouxe uma representação do Quilombo Cocalinho, do município de Santa Fé do Araguaia. Ele foi enfático no motivo que o levou a escolher a fotografia desse lugar para sua leitura. “Foi para demonstrar a existência da arte como visão em uma obra, que a mente pode trazer em uma tela, com pintura a óleo, a sua forma de pensar o mundo”, pontuou.

A professora Joice Queiroz comenta sobre incluir por meio da arte. “Há uma exclusão que deve ser quebrada. A arte é uma forma de incluir colocando o indivíduo olhando a vida como ela é, trazendo o desenvolvimento para que a sociedade possa perceber que todos podem se desenvolver em todos os aspectos da vida”, destacou.

O fotógrafo Emerson Silva, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do projeto, comenta sobre o foco do trabalho. “Eu trabalho muito com a cultura popular, com a quilombola e com a indígena. Percebo que muitas vezes vamos longe buscar algo. E isso está perto de nós. É possível trabalhar com o que está próximo de nós, com nossa realidade. É muito bom realizar um trabalho em colaboração como este”, agradeceu. 

O projeto Um olhar para o Tocantins

A ideia é trazer algo que desafie os alunos a romperem limites e descobrirem capacidades. A pintura a óleo veio demonstrar que eles são capazes e habilidosos.

O projeto procura dar continuidade ao desenvolvimento das habilidades artísticas dos estudantes da educação inclusiva, por isso, a ação tomou forma, neste ano, com um novo nome, o que antes, no ano de 2022, era chamado “Pincel Mágico”. Os resultados são incríveis para cada aluno de forma consciente e transformadora. Com o intuito de compartilhar de culturas tradicionais, como os povos indígenas e quilombolas, foram utilizados os registros dos patrimônios históricos culturais e paisagens naturais do Estado.

Abrão de Sousa/Governo do Tocantins

Revisão Textual: Liliane Oliveira/Governo do Tocantins