Distrito Federal
11.12.2019Professores e gestores foram reconhecidos pelo compromisso com a educação de excelência
Empoderamento na direção, na gestão e na sala de aula. A elaboração e a prática de projetos na rede pública de ensino têm apoio em todo o Brasil. No Distrito Federal não é diferente. Como prova de que ninguém está sozinho, a rede Conectando Saberes, da Fundação Lemann, homenageou nesta terça-feira (10/12), na Escola de Música de Brasília, professores, diretores e gestores da Secretaria de Educação.
“A educação é uma responsabilidade de toda a sociedade, mas alguns têm a obrigação e outros o dever. Na secretaria, temos a obrigação e o dever de empenhar todas as energias na entrega dessa tarefa da melhor maneira possível. Este é o único caminho para resolvermos os demais problemas que enfrentamos. Começamos com essas práticas como uma luz no fim do túnel”, declarou o secretário de Educação, João Pedro Ferraz, que participou da cerimônia.
De acordo com a coordenadora da Conectando Saberes no DF e também diretora do CEF 15 do Gama, Ana Élen Ferreira, são cerca de 30 professores conectados. “Existe um perfil específico para participar, geralmente professores que foram premiados ou que estejam realizando trabalho de grande relevância na comunidade escolar. Então, eles são convidados a fazer parte da rede”, disse a coordenadora. A ideia é compartilhar. Quem sai ganhando é toda a sociedade brasileira.
Mônica Neves Pereira foi homenageada pelo trabalho realizado à frente do CEF 8 de Taguatinga. A diretora classificou a premiação desta terça-feira como um incentivo. “Nós trabalhamos a temática da diversidade cultural, temos o projeto de cinema, biblioteca do leitor, sala de recursos, onde, este ano, estamos trabalhando a questão da reciclagem e o plantio de mudas, sarau cultural e outros”, contabilizou. A diretora vai se aposentar em breve, mas garantiu que gosta da ideia de se conectar e continuar contribuindo para a educação pública do DF.
Representando a rede Conectando de Fortaleza, o professor José Gilson Lopes Franco, fundador do grupo na capital do Ceará, participou das homenagens na EMB com o seminário Conectando Boas Práticas. Ele apresentou projetos bem-sucedidos entre a comunidade escolar local, como os livros que viajam em malas pelas comunidades periféricas de Fortaleza, ou a literatura de cordel. “Temos que acreditar nessa educação pública que dá certo. Somos professores engajados, com vontade de chegar a milhares”, disse.
Como a Ana Paula Gomes, servidora reconhecida pelas boas práticas na gestão do CEI do Núcleo Bandeirante. “É tudo fruto de um trabalho coletivo, não só dos gestores, mas de todos comprometidos com a educação do DF”, salientou. Projetos desenvolvidos com alimentação, família, cidadania, música, histórias e o protagonismo das crianças, como o Educação em movimento fizeram a diferença na escolha para a entrega do certificado.
Emocionada, a professora Régia de Fátima Silva, do CEF 18 de Ceilândia, também recebeu o certificado pela atuação em sala de aula. A professora tenta, no dia a dia, mostrar aos estudantes que a língua portuguesa não é somente gramática, mas vivência, e que tudo é possível aos que praticam. A professora recebeu o certificado com entusiasmo. “É a coroação da minha vida”, comemorou.
São histórias de educadores da Secretaria de Educação que tentam levar o ensino público do Distrito Federal ainda mais longe, com uma educação transformadora e de excelência, com a participação de toda a comunidade escolar. Docentes que serão convidados a fazer mais por todo o país conectando saberes.
Fundada em 2015, a rede Conectando Saberes já está presente em mais de 60 municípios, com mais de 600 professores conectados. O objetivo é construir projetos e experiências inovadoras e exitosas, que possam abranger tanto os professores, como coordenação e equipe gestora, para transformar a realidade do Brasil.
Outra função da rede é apoiar e dar suporte às Secretarias de Estado de Educação de todo o país em relação à formação continuada dos professores, implementação de políticas públicas e dar visibilidade aos trabalhos que podem ser replicados em cada região.
Nathália Borgo, Ascom/SEEDF