Bahia
11.05.2022Através da capoeira, o ex-estudante do Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP) da Bacia do Paramirim, Idelvando Carvalho, mantém os laços com a unidade de ensino e vem, desde 2018, realizando com os alunos um projeto voluntário, visando levar os elementos da cultura e da expressão corporal para a comunidade escolar do município de Macaúbas. O grupo Capoeira na Escola, que possui 50 participantes, tem aulas regulares nas terças e quintas, às 18h.
O professor de Capoeira e responsável pelo projeto estuda licenciatura em História e observa a ação como uma forma socializadora para ampliar as possibilidades de aprendizado e auxilia na formação de uma juventude atuante, com respeito à diversidade cultural. "É uma honra estar de volta à escola e fazendo esse trabalho. Vejo como uma contrapartida social para a minha comunidade. Nossa turma não tem distinção, queremos apenas que os alunos se desenvolvam como estudantes e pessoas. O esporte ajuda na questão psicológica, pois é uma forma de combater a ansiedade. Além disso, a socialização esportiva trabalha muitos pontos importantes, como a disciplina, o respeito ao próximo e a transmissão de conhecimento, através da expressão corporal, arte marcial e cultura”.
Para Suelen Souza, 17, aluna do curso técnico de nível médio em Informática, a prática reúne os estudantes e traz benefícios. “Faço capoeira há dois meses, sinto que o projeto beneficia muitas pessoas, principalmente após esse período de pandemia. Além da questão cultural, é uma proposta social e educativa que interfere positivamente em nossas vidas”. De acordo com Pablo Ruan, 15, também aluno do curso de Informática, o condicionamento físico e mental proposto na atividade ajuda no rendimento escolar. “Tenho um mês na capoeira e já percebo a diferença na vida de muitas pessoas, incluindo a atenção e motivação para uma melhor aprendizagem em sala de aula”.
O diretor da unidade, Teotônio Ferreira, disse que o Capoeira na Escola agrega positivamente conhecimentos e valores para os participantes. “Este projeto une a cultura e o esporte de forma positiva, fazendo com que os participantes sintam parte de uma história que nunca foi contada, que é a história da nossa ancestralidade africana. Nas aulas, tudo se congrega, incluindo dança, música, esporte, disciplina e filosofia”.