Educação de Qualidade
31.10.2017A conquista na categoria pequeno porte, da 12ª
edição do Prêmio Regional Itaú Unicef, 2017 pelo Projeto “Aluno
Repórter”, da Escola Estadual de Ensino Médio do Rocha, no Município de
Bragança, na Região do Salgado, foi motivo de muita comemoração pelos
gestores, professores e estudantes que participaram da cerimônia de
premiação, na última sexta-feira, 27, no hotel Grand Mercure, em Belém.
Promovido
pela coordenação da Fundação Itaú Social e Unicef, a fase regional do
prêmio reuniu 12 projetos da regional Belém, que envolve todos os
Estados da Região Norte e do Estado de Goiás (GO). Estiveram na fase
regional quatro projetos do Estado do Pará, três deles desenvolvidos em
parceria com escolas públicas estaduais. Além do Aluno Repórter, da
Escola do Rocha, desenvolvido em parceria com a
Fundação Educadora de
Bragança, estiveram na grande final regional, o Projeto Orquestra
Violão Cristão, desenvolvido em uma parceria da Escola Estadual de
Ensino Médio Joaquim Viana, em Ananindeua, com a Associação Cenáculo
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Anceps) e o Projeto Costruindo
Bairros de Leitores, desenvolvido em parceria da Escola Estadual Barão
de Igarapé-Miri, no bairro do Guamá em Belém, com o Espaço Cultural
Nossa Biblioteca.
Pela passagem para a fase regional, os
projetos e a Escola, receberão R$ 10 mil, cada um. Mais R$ 20 mil para
cada um será entregue ao “Aluno Repórter” pela classificação para a fase
nacional, a ser realizada no próximo dia 17, pela disputa do prêmio de
R$ 100 mil para cada um, escola e projeto, totalizando R$ 200 mil. Na
escola o dinheiro é entregue para o Conselho Escolar.
O prêmio é uma
iniciativa da Fundação Itaú Social e do Unicef que tem como objetivo
identificar, reconhecer, dar visibilidade e estimular parcerias entre
Organizações da Sociedade Civil (“OSCs”) e Escolas Públicas, no
desenvolvimento de ações socioeducativas que contribuam para o
desenvolvimento integral de crianças e adolescentes brasileiros em
condições de vulnerabilidade social.
Um dos coordenadores do
projeto “Aluno Repórter”, o professor de Língua Portuguesa da rede
Seduc, Carlos Roberto Amorim, que também é radialista, destaca que a
atividade envolve 150 estudantes matriculados no Mundiar, que tem no
contraturno escolar atividades que envolvem produção textual, desde a
elaboração da pauta, produção, entrevistas, desenvolvendo o protagonismo
dos estudantes. “Incentivamos o sentimento de pertencimento à escola
com excelentes resultados, pois o aluno do Mundiar ou repetiu de ano ou
havia abandonado os estudos”, destacou.
O material produzido
pelo Aluno Repórter é veiculado pela Fundação Educadora de Comunicação
de Bragança, que disponibiliza sua estrutura de rádio e TV em favor das
ações que mobilizam os alunos da rede pública estadual e municipal de
ensino.
Também coordenam o projeto os professores, Socorro Braga de Língua Portuguesa e Diego Fernandes, de Matemática.
Mundiar é um projeto desenvolvido pela Seduc em parceria com a Fundação Roberto Marinho, com o objetivo de acelerar a aprendizagem, compatibilizando a idade do aluno com o ano de estudo. A aluna Elzilene Socorro de Assis, de 26 anos, havia abandonado os estudos há cerca de dez anos. Aluna do Mundiar ela está integrada ao projeto “Aluno Repórter” e garante que o aprendizado será de fundamental importância para o curso de Direito, para o qual irá fazer o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). “Na profissão que escolhi tem muita oratória, então, com o projeto, não terei dificuldades em me expressar no momento que for defender meus clientes”, adiantou.
Esta é a segunda vez que o projeto Aluno Repórter
desenvolvido junto aos estudantes da rede pública de Bragança vai à
final do Prêmio Itaú-Unicef, a primeira foi em 2015. O Projeto “Aluno
Repórter” é desenvolvido com o apoio da Fundação Educadora de
Comunicação e consiste numa proposta socioeducativa, pedagógica
interdisciplinar, inclusiva e profissionalizante voltada a alunos da
rede pública de ensino, que utilizam as mais diversas tecnologias de
Informação e comunicação para a produção do conhecimento, com destaque
para o rádio e a TV.
Camila Feldberg, coordenadora de Fomento da
Fundação Itaú, destaca a importância de três dos doze projetos
finalistas na etapa regional serem da rede estadual. “Revela o
compromisso que as escolas tem, em um estado com dimensões
continentais, de firmar parcerias com instituições que garantem
atividades ao estudante no contraturno, atendendo o desafio de ampliar o
número de alunos atendidos em tempo integral, os tornando sujeito da
escola” disse.
Para chegar à final do Prêmio os projetos
desenvolvidos pelas três escolas paraenses concorreram com outros 1.650
projetos de todo o Brasil. Agora O Projeto “Aluno Repórter” está entre
os 32 que irão para a grande final nacional.
Texto:Katia Aguiar (Ascom Seduc)
Fotos:Fernando Nobre (Ascom Seduc)