Tocantins
11.04.2023Joselia de Lima/Governo do Estado Buscar formas criativas e diversificadas para atrair a atenção dos estudantes para o universo da leitura é o que estão fazendo as professoras Claudiane Neres dos Santos Pires, Eudália Ferreira e Silva e Fátima Aparecida Limiro Lopes, que lecionam Língua Portuguesa e Redação no Colégio Estadual Alair Sena Conceição, de Figueirópolis. O projeto, denominado ‘Para gostar de ler’, foi um dos premiados no II Seminário Conectando Boas Práticas realizado em Figueirópolis, no início do mês de abril. A premiação foi concedida pelo Núcleo Conectando Saberes da cidade. Conectando Boas Práticas é uma iniciativa da Rede Conectando Saberes apoiada pela Fundação Lemann e secretarias da educação de todo o país. A iniciativa busca reconhecer e valorizar profissionais da educação básica brasileira e disseminar práticas pedagógicas bem-sucedidas. A Rede Conectando Saberes premiou 30 projetos que alcançaram grandes resultados na educação básica, em 2021. O professor Weliton de Freitas Silva, coordenador do Núcleo Conectando Saberes, de Figueirópolis, explicou que, além dos 30 projetos classificados na categoria nacional, foi possível selecionar seis projetos de professores tocantinenses para serem premiados no seminário local. Projeto Para gostar de ler O projeto de leitura é uma das principais ações realizadas na escola, com os estudantes do ensino médio. Neste ano, o projeto começou a ser desenvolvido em fevereiro e vai até o mês de novembro. Os professores levam os estudantes para a biblioteca, cada aluno escolhe um livro, lê e depois apresenta os comentários sobre a leitura por meio de slides, maquetes, de textos escritos, teatro, mesa-redonda, rodas de conversas, chá literário, sarau ou de forma oral. A professora Claudiane explicou que escreveu o projeto no Conectando Boas Práticas, com o foco nas evidências do trabalho realizado em 2021, na ocasião da experiência com as aulas remotas. “Como evidências, foram inseridas publicações de vídeos de estudantes, realizado de forma on-line por plataformas virtuais e os roteiros impressos. Na ocasião, os estudantes leram poemas de escritores como Cecília Meireles e Cora Coralina e depois produziram vídeos com as reflexões das leituras e enviaram aos professores”, contou. A estudante Mickaella Figueredo Santos Ribeiro Corrêa destacou que o projeto ajuda muitos alunos que não têm o costume de ler. “Nessa ação há um estímulo de apresentar o entendimento sobre os livros que os colegas leram, trabalhando a interpretação e a linguagem. A minha experiência foi simplesmente maravilhosa, era como se fosse uma pequena lembrança da minha infância, pois foi esse mesmo projeto que me trouxe para o mundo da leitura. Depois disso, passei a incentivar os colegas a lerem mais”, frisou. Sobre a importância da leitura sistemática, Mickaella comentou o que é essencial. “Ler desperta a nossa mente e a criatividade e aprendemos sobre os estilos literários. E, além disso, a leitura ativa o cérebro, melhora o vocabulário e desenvolve o pensamento crítico”, comentou. A estudante Sarah Alves Araújo, 16 anos, da turma da 2ª série do ensino médio, também participou do projeto. “A leitura nos ajuda a melhorar a escrita, desperta a imaginação e desenvolve um pensamento crítico. A leitura é a base, leva a descobertas em todas as áreas da vida. Precisamos ler cada vez mais, porque todas as avaliações externas, concursos e vestibulares exigem amplo conhecimento”, ressaltou Sarah. Diretora premiada com as inovações tecnológicas A diretora Sílvia Paula, da Escola Estadual Alair Sena Conceição, também foi premiada com o projeto Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) no contexto escolar. Projeto desenvolvido para apoiar a escola no período de aulas remotas por causa da pandemia da covid-19, professores e estudantes tiveram que aprender a usar novas tecnologias digitais para continuar com o processo de ensino e de aprendizagem. A escola contou com a parceria da professora Jennifer Provenci e da jovem protagonista, Laís Teixeira, que promoveram formação continuada on-line com a equipe escolar, orientando sobre a utilização das tecnologias para a continuação das aulas. As duas também ajudaram os estudantes a criarem e-mails e a usarem os aplicativos que estavam sendo utilizados para a troca de informações sobre os roteiros de estudos. “Para uma escola de pequeno porte, do interior do Estado, esse projeto trouxe inovação, por oportunizar aos profissionais e estudantes uma nova visão e procedimentos da cultura digital. Assim, aprender a instalar aplicativos, a fazer downloads, upload, e-mails institucionais para executar as atividades e produzir conteúdos com a utilização de card e vídeos foi importante para manter a rotina pedagógica. E ao mesmo tempo, com esse trabalho, economizamos 50% dos materiais impressos e reduzimos um fluxo de pessoas na escola, nos momentos mais críticos da pandemia”, explicou a diretora Sílvia. Revisão Textual: Liliane Costa/Governo do Tocantins