Transformar o lixo produzido diariamente na cozinha em experimento científico, foi o que fez a professora Elisângela Gonçalves Taveira, que leciona Física no Colégio Estadual Professora Joana Batista Cordeiro, em Arraias. Ela e a estudante Aline Oliveira da Silva, 17 anos, participaram da imersão científica realizada pelo programa Futuras Cientistas, do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), realizada no período de 3 a 31 de janeiro.

O programa Futuras Cientistas tem o objetivo de aumentar o interesse e a participação das mulheres nas diversas áreas da ciência, tecnologia, engenharia e Matemática, a fim de contribuir com a equidade de gênero no mercado profissional, e apresenta os módulos de imersão científica, banca de estudos, mentoria e estágios.

A professora Elisângela falou sobre a experiência. “O programa Futuras Cientistas foi uma oportunidade ímpar para as meninas e mulheres de Arraias. Mostrou que a mulher pode estar em qualquer lugar, basta ela querer e agarrar as oportunidades”, explicou.

Imersão científica 

Durante a imersão, a professora Elisângela participou de palestras, cursos e workshops, e fez um experimento de 13 dias, observando a quantidade do lixo orgânico e inorgânico produzido em casa. O plano de trabalho foi elaborado com o tema o lixo no nosso cotidiano.

A tarefa de observar a quantidade de lixo produzido em sua residência, por meio de pesagem e análise de dados, promoveu uma maior consciência ambiental de toda a família. “Fiz a experiência na casa de minha mãe, nesse período havia cinco pessoas que participaram ativamente. No final, houve a evidência de que os moradores da residência começaram a refletir sobre o lixo e o seu impacto na natureza. E para mim, foi maravilhoso participar desse projeto com a família”, contou a professora Elisângela.

Ela também compartilhou a sua experiência com os outros professores do Colégio Estadual Professora Joana Cordeiro. 

Promovendo a ciência

Para a estudante Aline, participar do projeto Futuras Cientistas, ajudou a gostar ainda mais de ciências. “Essa experiência além de proporcionar conhecimento, nos mostrou que sempre podemos desafiar os nossos limites e nos fez repensar sobre algumas ações importantes para a vida. E o mais importante, que participando do projeto percebi capacidades relevantes para a minha vida”, contou.

E sobre as possibilidades de aprendizagens, Aline ressaltou as adaptações para realizar as tarefas. “Trabalhando com a questão do lixo, percebemos que é necessário repensar nossas ações a respeito do descarte dos resíduos e ter uma maior preocupação com o meio ambiente. Aprendemos a utilizar novas tecnologias como aplicativos e a fazer gráficos e planilhas”, comentou.

Outros participantes 

Do Tocantins, também participaram do programa Futura Cientistas, com a mesma temática, a professora Marina Gomes da Silva, e as estudantes Ana Luísa Sousa Nunes e Danielli de Carvalho Pereira, da Escola Estadual Deputado Federal José Alves de Assis, de Araguaína.

E com a temática O que comemos? Participaram a professora Aline Barros da Rocha, da Escola Estadual Irineu Albano Hendges, de Guaraí; as estudantes Anna Hérika Torres Dourado, e Kahielly Carlos de Castro, do Centro de Ensino Médio Bom Jesus, de Gurupi; Amanda Marques Araújo, do Colégio Estadual Desembargador Virgílio de Melo Franco, de Paranã; Monyque Ferreira Neris Mendonça, da Escola Estadual Vale do Sol, de Palmas.

Revisão Textual: Karleane Ferreira/Governo do Estado

Joselia de Lima/Governo do Estado