Distrito Federal
02.07.2021Educação financeira vira febre entre os estudantes da Escola Classe 15 de Ceilândia
Organizar, planejar e poupar são práticas desenvolvidas no projeto de educação financeira. Foto: Pexels
Engana-se quem pensa que as crianças não podem aprender a ter consciência em relação às finanças pessoais. A Escola Classe (EC) 15 de Ceilândia aceitou o desafio de criar um projeto de educação financeira para os quase 540 estudantes, de 6 a 10 anos, atendidos em período integral na unidade escolar.
No episódio desta semana do podcast EducaDF conversamos com a diretora Mariângela de Oliveira da EC 15 de Ceilândia sobre o projeto de educação financeira desenvolvido na unidade escolar. Além disso, o economista Angeilton Faleiro deu dicas certeiras para organizar a vida financeira. Confira o episódio nas plataformas de áudio.
Planejando sonhos
“O projeto Aprendendo a Contar o Dinheiro do Cofrinho tem o objetivo de criar gerações mais responsáveis com o uso do dinheiro e o consumo. A criança precisa aprender a distinguir o que é desejo e o que é necessidade. Os estudantes têm visitado supermercados virtuais, por exemplo, e descobriram estratégias utilizadas para incentivar o consumo, como manter prateleiras com salgadinhos, biscoitos e balas em uma altura que seja acessível às crianças”, explica Mariângela.
A diretora Mariângela de Oliveira acredita que é possível criar gerações mais responsáveis com o uso do dinheiro e o consumo. Foto: Robson Dantas | Ascom/SEEDF
Os estudantes também têm noções de educação fiscal, orientação sobre as profissões para reconhecerem o valor do trabalho e aprenderam a construir um cofrinho com materiais recicláveis para trabalhar a questão do descarte, do meio ambiente e da importância de reutilizar os materiais. O dinheiro arrecadado será utilizado na publicação de livros escritos pelos estudantes.
Economia cotidiana
A iniciativa é recomendada por economistas como Angeilton Faleiro, do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal. “A educação financeira abrange diversas práticas, não se restringe a poupar. O consumismo está enraizado em nossa cultura, por exemplo, justamente porque não refletimos sobre nossa relação com o dinheiro, o que poderia ter sido ensinado na escola”, afirma.
O economista Angeilton Faleiro: “A educação financeira abrange diversas práticas, não se restringe a poupar.” Foto: Robson Dantas | Ascom/SEEDF
Segundo Angeilton, para além da organização das finanças pessoais, a educação financeira contribui para que as crianças consumam de maneira inteligente o que leva ao surgimento de cidadãos menos endividados. Com a diminuição da inadimplência contribuímos para o crescimento do país. Quanto ao crescente boom de opções de investimentos que prometem rendimentos extraordinários, é taxativo: “Não há fórmula mágica para enriquecer”, destaca.
Quer sair do vermelho? Confira as três dicas para organizar sua vida financeira:
❶ Anote seus gastos e recursos. Não se iluda acreditando que sua memória vai conseguir guardar todas as informações financeiras.
❷ Conheça sua situação financeira, observando os principais gastos e cortando os supérfluos.
❸ Caso seu orçamento não seja suficiente para suprir suas demandas essenciais, busque complementar com outras fontes de renda.
Por Aldenora Moraes | Ascom/SEEDF