Prevenção
13.06.2018Um levantamento feito pela Gerência de Provimento, Avaliação e Saúde Ocupacional da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) deu conta de que, em 2015, os motivos dos adoecimentos, afastamentos e readaptação de profissionais da área da Educação apresentavam 46% de doenças ósseo musculares (com lesões em articulações como joelhos, mãos, ombros e coluna) e 22% de transtornos mentais relacionados ao trabalho (depressão, pânico, transtorno de estresse pós traumático, ansiedade em níveis elevados).
“Quando a gente observou esses dados, veio a preocupação do governo em atender os profissionais com atenção especial a essas necessidades. Foi assim que, em 2016, o Núcleo de Saúde Ocupacional foi criado, e desde então temos trabalhado com o nosso pessoal multiprofissional, não só com a prevenção, mas cuidando do aspecto corretivo também. Uma política de saúde no trabalho. Temos parceiros na área jurídica, de assistência de saúde e educação que nos oferecem serviços que atendem aos nossos servidores”, conta a psicóloga do núcleo, Elizete Gonçalves.
Todas as 18 Coordenadorias Regionais de Educação (CRE) no interior do estado contam com uma equipe do núcleo, atendendo aos servidores com várias atividades de saúde preventiva. Em Porto Velho, a gerência tem parceria com todos os tribunais, com a Secretaria Estadual de Saúde, por meio da Policlínica Oswaldo Cruz, para a realização de exames e consultas. A atualização vacinal dos servidores é feita duas vezes ao ano – com pontos de atendimento na sede, regionais e escolas.
“Nos dias últimos dias 29 e 30 de maio, tivemos em Cacoal o Encontro Estadual de Saúde Ocupacional. O evento é realizado duas vezes por ano, onde reunimos todos os representantes do estado e fazemos também treinamento, oferecendo ferramentas para que eles possam replicar o conhecimento no trabalho realizado em suas bases”. Segundo a psicóloga, o ano de 2017 foi o ápice de todas os projetos trabalhados desde a implantação do núcleo. Foram atendidos no interior de Rondônia 13.583 profissionais, e na capital foram 10.831 atendimentos.
A ginástica laboral é o carro chefe das atividades realizadas pelo núcleo. Elizete afirma que a maioria das escolas estaduais já aderiu. “Os nosso profissionais, principalmente os professores, tem muitos problemas causados pelos movimentos repetitivos, o sedentarismo, a obesidade. Então nossos professores de Educação Física de cada escola, na CRE e aqui na sede da Seduc e nas regionais, tem feito a ginástica laboral com 15 minutos de alongamento e atividade ritmada. O interessante é que o exercício gera a interação entre os servidores e dá ânimo para o trabalho. Este mês de junho faremos a atividades com músicas de festa junina, já preparando para a nossa quadrilha da Seduc no final do mês”, revela.
Psicologicamente, há profissionais prejudicados por não saberem como enfrentar suas questões pessoais, as dificuldades no trabalho, há pessoas dependentes químicas, envolvidas com o alcoolismo, e as atividades são desenvolvidas para evitar o uso de estratégias de escape equivocadas, além de encaminhar para o atendimento especializado dos parceiros. “Recentemente a Polícia Militar nos procurou e eles estão vindo aprender conosco para implantar o núcleo lá também, tão grande o sucesso das nossas ações. O nosso desafio deste ano é o programa de preparação para a aposentadoria e envelhecimento saudável. O lançamento já foi feito em dezembro de 2017 e agora estamos organizando para oferecer o primeiro módulo em julho”.