Tocantins
29.04.2021Cláudio
Paixão/Governo do Tocantins
A dança integrada ao ambiente escolar como instrumento de aprendizagem, esse foi um dos meios encontrados pela equipe do Colégio Estadual Dr. Abner Araújo Pacini, de Almas, para dinamizar as atividades da unidade de ensino e estimular a valorização da cultura local, assim como promover o bem-estar dos estudantes, reforçando o papel dessa expressão corporal que tem seu dia comemorado em 29 de abril.
O Dia Internacional da Dança foi criado em 1982 pelo Comitê Internacional da Dança (CID) da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). A data é uma homenagem ao nascimento de Jean-Georges Noverre (1727-1810), um mestre do balé francês. Existem diversos estilos de dança, cada um com a sua própria personalidade. O Dia Internacional da Dança busca a valorização dessas identidades distintas.
E foi com esse olhar, na valorização da cultura e da identidade dos estudantes almenses que, em 2001, começaram as primeiras iniciativas para trabalhar a dança no Colégio Estadual Dr. Abner Araújo Pacini, nessa época surgiu o 'Grupo de Dança Típica Jiquitaia' que, entre idas e vindas, se consolidou a partir de 2015, mesma época em que surgiu o ‘Grupo de Dança Arte é Vida’, com o objetivo de manter viva a cultura regional, estadual e nacional.
De acordo com a gestora da unidade de ensino, Marizete Cardoso de Sousa Freitas, a iniciativa ajudou a integrar os alunos no âmbito escolar. “Para além das atividades trabalhadas em sala de aula, precisamos desenvolver projetos que pudessem acolher os estudantes em situação de vulnerabilidade, que muitas vezes se sentem desmotivados e fora do processo de ensino e aprendizagem”, destacou.
A estudante Joice Pereira Rosário, de 17 anos, participa dos grupos há mais de cinco anos, ela destacou que as atividades são fundamentais na geração de novas oportunidades de aprendizagem e intercâmbio cultural. “Sem o grupo, nossa vida de estudante se resumiria às salas de aula e, com os grupos, nós temos a oportunidade de conhecer outros lugares e de conhecer a nossa cultura e a cultura de outras regiões”, pontuou.
Marizete Cardoso explicou que desde que entrou na unidade de ensino em 2015, encontrou nos grupos de dança um meio para motivar os estudantes. “Os alunos se sentem parte da vida da unidade de ensino, se sentem especial dentro da comunidade, principalmente por serem convidados para participar de eventos aqui em Almas e em outros municípios. Inclusive, alunos que passaram pelo nosso grupo tiveram a oportunidade de participarem de apresentações internacionais como nas atividades do Ano do Brasil na França”, ressaltou.
Enquanto o grupo da Jiquitaia se dedica exclusivamente a esse ritmo musical de identidade local, o grupo Arte é Vida contempla o baião, hip-hop, axé, samba, catira, carimbó, entre outros. As atividades dos grupos musicais, antes da pandemia, eram realizadas nos contraturnos das aulas. Com a necessidade do distanciamento social provocado pela Covid-19, os estudantes passaram a trabalhar com vídeos caseiros que foram compartilhados com a comunidade escolar por meio das redes sociais.