Muro de colégio estadual em Seabra será revitalizado com desenhos dos estudantes da unidade

Bahia

02.02.2021

Os estudantes do Colégio Estadual Professora Ivanda Miranda de Souza, no município de Seabra, estão envolvidos no I Concurso de Desenhos da unidade, incentivado pela Coordenação Pedagógica da unidade. A iniciativa tem como objetivo revitalizar o muro da escola, a partir da reprodução de desenhos dos alunos expressando seus sentimentos e impressões sobre temas voltados ao seu processo de ensino e aprendizagem, a exemplo da preservação do meio ambiente e a educação como elemento de transformação e libertação. A coordenadora pedagógica Jaqueline Reis de Andrade explicou que a ideia de reestruturar o espaço se deu em 2020, após a mudança do nome da escola, em homenagem à educadora, falecida no ano passado, que era uma referência na Educação do município.

A educadora conta que já havia um planejamento de requalificar o muro da escola, dentro do projeto Juventude em Ação, junto com a Comissão ComVida, da Secretaria da Educação do Estado. “Começamos em 2019, plantando ao redor da escola, e, no ano passado, a gente planejou pintar o muro, junto com as comunidades escolar e do entorno, a partir dos desenhos que os estudantes estavam produzindo nas aulas de arte. Mas aí veio a pandemia e resolvemos fazer o concurso, que foi lançado nas nossas redes sociais e na rádio local, com o envolvimento de toda a comunidade escolar e familiares. Nossa proposta é dar ao local a cara dos estudantes, para que eles vejam a sua arte representada no espaço que é deles”, ressalta Jaqueline.

A temática dos desenhos foi definida por área de conhecimento. Assim, os estudantes representaram, em suas artes, aspectos culturais e geográficos da história local de Seabra; ações positivas que transformam a comunidade e refletem na sociedade global; a Matemática para explicar e entender o mundo; atitudes para cuidar do meio ambiente na cidade e região; e educação como princípio para a libertação, entre outros temas motivadores. “Eles desenharam, por exemplo, asas representando a liberdade; paisagens da Chapada da Diamantina; e rostos de personalidades, como Paulo Freire e Mandela. Buscamos envolver os nossos alunos para que eles transmitissem, através de seus desenhos, os seus sentimentos e suas impressões em relação à educação e à escola, dentro do seu processo de ensino e aprendizagem”, pontuou.

O concurso está na fase de avaliação dos desenhos contemplados, que serão reproduzidos para o muro da escola através da técnica da grafitagem, a ser feita por um artista da área, com a participação dos estudantes-autores, quando for possível. A estudante Caliane Vitória Anjos de Oliveira, 15 anos, 9º ano, fez um desenho relacionado ao eixo da Ciências da Natureza, focando na sua consciência sobre a preservação do meio ambiente. “Desenhei flores, com a frase ‘Entramos forçados, ficamos pirados, saímos formado’, que mostra a trajetória da criança ao entrar na escola, que não vai por escolha dela, e o passar dos anos que, com o qual vêm as complicações do processo de aprendizagem e, no final, vem a melhor parte, que é a nossa formação, hoje tão exigida no mundo do trabalho”, explicou.

A também estudante Rita de Cássia Lima de Souza, 14 anos, 8º ano, expressou seus sentimentos através de um desenho de coração sobre duas mãos. “Gosto de estudar, gosto da minha escola, da minha professora e das minhas amigas. Gostei de desenhar para colocar minha arte no muro do meu colégio”, revelou Rita, que apresenta dificuldades de aprendizagem.