Tocantins
16.11.2023O Curso de Extensão sobre o Ensino do Sistema Braille, que teve início em agosto, foi concluído nesta quinta-feira, 16, com uma mostra de trabalhos desenvolvidos pelos cursistas. O curso é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), com o apoio do Projeto de Iniciação Pedagógica Inovajor e participação da Coordenação Estudantil (COEST) e setor de Acessibilidade da Universidade Federal do Tocantins (UFT).
O Curso teve 80 horas de carga horária e foi oferecido de forma gratuita, em formato híbrido, sendo presencial sempre às quintas-feiras, no período vespertino, no Câmpus Da UFT, em Palmas. O objetivo do curso, direcionado a professores, é promover a acessibilidade comunicacional para o estudante com deficiência visual e viabilizar o seu processo de inclusão social e educacional
A professora em Educação Inclusiva, da Diretoria de Educação Inclusiva e Acessibilidade da Seduc, Graziane Pacini Rodrigues, explicou como foi a proposta de criação do curso. “Porque na universidade tem estudantes nossos com deficiência visual, vindo da rede e entrando no ensino superior com algumas dificuldades em relação à acessibilidade comunicacional, e o sistema braile viabiliza essa acessibilidade”.
Graziane Pacini Rodrigues disse que o curso está encerrando com muitas e boas ações. “A gente conseguiu, os professores que trouxeram muita bagagem, colaboraram com o processo, aprenderam muito bem, e assim a gente vai conseguir trazer para os professores da nossa rede essa aplicabilidade. Eles vão conseguir reverberar lá nas escolas, nas unidades escolares os materiais que foram produzidos em altíssima qualidade. Nosso intuito aqui para as próximas turmas é que a gente continue evoluindo”.
A professora Graziane Pacini Rodrigues, da Seduc, explica que o Sistema Braille é importante para a educação inclusiva, pois o aprendizado proporciona ao estudante com deficiência visual (cegueira) maior independência na escrita e na leitura, o que oportuniza, consequentemente, maior facilidade de comunicação e de socialização.
No encerramento do curso os cursistas tiveram a oportunidade de ouvir a professora braillista Maria Dinalva Tavares Carneiro, do Centro de Atendimento Especializado Márcia Dias Costa Nunes (CAEE), atendendo crianças, jovens e adultos com deficiência visual, ensinando o sistema braille e informática adaptada para cegos. Ela falou sobre a importância do sistema braille para o desenvolvimento das crianças, dos jovens e dos adultos em relação à escrita e a leitura. “O braille pode dar a noção da escrita correta das palavras. As tecnologias estão aí como apoio, ele é capaz de dar essa liberdade no desenvolvimento da leitura e da escrita. É importante para a educação inclusiva na medida em que o aprendizado deste sistema proporciona ao estudante incluído maior independência na escrita e na leitura, o que proporciona, consequentemente, maior facilidade de comunicação e de socialização”.
Oportunidades
Para a professora da sala de recursos multifuncional na Escola Municipal Brasil para Todos, de São Salvador do Tocantins, Andreia Ribeiro dos Santos, o curso foi muito enriquecedor. “Foi uma novidade, eu não sabia nada sobre o Braille, e com a chegada de uma aluna deficiente visual despertou em mim o interesse e a necessidade de estar me aperfeiçoando e ensinar a ela de forma correta. Com esse curso, além das metodologias e todo o material disponibilizado pela professora, tem também as tecnologias assertivas, com materiais de baixo custo, que nós aprendemos a confeccionar. Espero que o curso continue para dar a chance de outras professoras participarem, melhorando assim as suas práticas em sala de aula”.
A professora Maria de Fátima de Albuquerque, coordenadora do projeto Inovajor, ressaltou que o curso é um marco em prol de um projeto de extensão do que se pode chamar de abertura da acessibilidade, da inclusão do colegiado de jornalismo. “Porque a universidade vem buscando se aprofundar e atender as demandas da acessibilidade da inclusão pedagogicamente falando. E são demandas muito complexas. Nós temos em torno de mais de 400 alunos na universidade com vários tipos de deficiência e o braile veio para atender uma demanda interna. Com essa capacitação nós, professores do jornalismo, teremos condições de orientar esses alunos e ampliar essa possibilidade de inovação e de acessibilidade. Na verdade, a sociedade tem que ser acessível e o jornalismo mais ainda”.
Lenna Borges/Governo do Tocantins
Revisão Textual: Ruth Soares Borges/Governo do Tocantins