João Gabriel Santana, de 16 anos, começou sua trajetória no Judô aos cinco anos, por indicação de uma professora para ajudar com a sua timidez, e agora está prestes a embarcar para mais uma competição internacional. Dessa vez, a disputa é a Porec Cadet European Cup 2024 (Circuito Europeu), nos dias 16 e 17 de março.

Estudante da Escola Marechal Floriano Peixoto, o jovem frequenta a escola pela manhã e mantém uma rotina de treinos de segunda a sábado, em média de quatro vezes por semana. Ele garante que os estudos não ficam para trás: “A cada intervalo de treino, estudo e coloco minhas tarefas em dia. O esporte sozinho não funciona, tem que estar conciliado com os estudos. Para poder viajar sem me prejudicar, tenho que ser um bom aluno”.

A diretora da escola, Roselaine Tortorela, destaca a importância de ter um aluno reconhecido internacionalmente no esporte: “Nos sentimos orgulhosos, no sentido de saber que estamos seguindo o caminho correto ao incentivá-lo. O jovem aprende com a experiência das vitórias e das derrotas, desenvolvendo a resiliência.

Roselaine explica que o esporte é explorado de formas variadas no ambiente escolar, com a promoção de concentração, da disciplina e com o estímulo de trabalho em equipe. De acordo com a gestora, os professores de Educação Física trabalham a parte teórica e prática dos esportes estudados e organizam competições na escola com premiação de medalhas.

“Ele é muito dedicado e sempre sonhou com isso. Desde a sua primeira competição, ficou encantado e me dizia que iria chegar nas Olimpíadas. É um orgulho sem fim vê-lo participar de algo tão bom, que ensina valores a ele e agrega tanto na educação”, diz a mãe de João, Ana Cristina da Rocha. Em 2023, ele participou de uma competição com mais 59 judocas na Polônia e disputou a medalha.

Medalhista de longa data, João já participou, também, do Pan-Americano no México, onde conquistou um bronze. Nos Jogos da Juventude, ele conquistou o ouro. “Representar o Brasil nessas competições me traz uma sensação única. Sinto que estou no caminho certo. Independente da conquista da medalha ou não, a oportunidade de estar lá já vale muito a pena”, conta o judoca.