Bahia
11.03.2021Com ampla participação dos professores, coordenadores pedagógicos e gestores escolares da rede estadual de ensino, a Jornada Pedagógica Paulo Freire, desenvolvida pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), realizou, nesta quinta-feira (11), atividades com a temática "A importância do acompanhamento pedagógico". Além de palestra, aconteceram oficinas, por meio das quais os participantes debateram as orientações sobre o acompanhamento pedagógico e as Atividades Complementares (ACs).
O encontro foi mediado pelo coordenador de Articulação de Projetos para a Educação da SEC, Hélder Amorim, e contou com a participação do secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues. A transmisão da Jornada Pedagógica Paulo Freire acontece nos canais TV Educa Bahia e YouTube Educação Bahia, podendo ser conferida no endereço https://bit.ly/3bz1hKz.
A educadora Andressa Buss, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ressaltou a importância do tema neste momento de pandemia. "O acompanhamento pedagógico deve ser realizado de forma intraescolar e extraescolar. Os professores têm que conhecer seus estudantes nas suas características pessoais e familiares. Trabalhar para que os fatores externos não sejam o fio condutor e entender que os projetos e programas têm que chegar à sala de aula. Entender que de onde o estudante vem não pode determinar para onde ele vai".
Em homenagem à Semana do Dia Internacional da Mulher, a ex-estudante Acácia Araújo, do Colégio Estadual Edvaldo Brandão Correia, acompanhada da mãe Olívia Reis, destacou a educação como forma de emancipação da mulher. "Tenho orgulho da escola pública que me deu as ferramentas para ser um símbolo de resistência. Os professores são nossos segundos pais e a nossa luta levamos para a vida, como agora, que curso Arquitetura e Urbanismo em uma universidade".
A visão pedagógica do educador e filósofo Paulo Freire foi comentada pela professora Edite de Faria, da Universidade Estadual da Bahia (UNEB). "Falar de Paulo Freire é falar de esperança e luta. Ser professor é estar em um espaço de possibilidades. Temos que estar unidos. A aprendizagem se faz com união, ninguém pode ficar isolado. O trabalho do educador é coletivo e solidário".
Ainda para ressaltar as boas práticas de ensino remoto, a coordenadora Diene Laranjeira, do Centro Estadual de Educação Vale do Paraguaçu, contou sobre a experiência da unidade quilombola. "Formamos turmas no Whatsappo, por meio das quais o professor enviava aulas gravadas e atividades durante três semanas, de segunda a sexta, e na última semana os estudantes davam a devolutiva."
Também estiveram presentes ao encontro Lucimara Santos, representante da Rede das Escolas Famílias Agrícolas Integradas do Semi-árido (REFAISA), e as intérpretes de Libras, Vanderlita Gomes e Luci.