Integração entre Patrulha Escolar e unidades de ensino é apresentada durante seminário em São Paulo

Secretaria de Estado da Educação do ES

15.08.2019

O trabalho de integração entre a Companhia Especializada de Polícia Escolar (Patrulha Escolar) e as escolas da Rede Estadual foi apresentado em São Paulo, durante o “Seminário O desafio da Segurança Escolar: as atuais experiências dos governos estaduais”. O evento foi realizado nessa terça-feira (13), no qual, os resultados da integração do Estado foram apresentados pelo gerente de Serviços Terceirizados da Secretaria de Estado da Educação (Sedu), Wilson da Silva Athaydes Filho, e o comandante da Patrulha Escolar, capitão Eliandro.

Durante o seminário, Wilson Filho e o capitão Eliandro destacaram o trabalho que tem auxiliado na mudança de realidades em escolas da Rede Estadual. O trabalho preventivo, de apoio e de orientação, que oportunizam um contato harmônico, sem deixar de lado o respeito, entre os militares da Patrulha, alunos e toda a comunidade escolar.

O gerente de Serviços Terceirizados da Sedu, destacou que é possível diferenciar o cenário na Rede antes da atuação da Patrulha e como essa interação mudou a realidade das escolas. “Antes, toda semana havia atos infracionais dentro das escolas, o trabalho da Polícia Militar era apenas repressivo. Com a Patrulha, as visitas preventivas e a proximidade com a comunidade ajudaram a transformar esse ambiente. Hoje não há mais atendimentos repressivos, pois as ações são preventivas. Assim, os policiais passam a conhecer a realidade da comunidade e ajudam nessa cultura de paz”, disse Wilson Filho.

Já o capitão Eliandro enfatizou essa parceria, entre a PMES e a Secretaria da Educação, vai bem mais além da presença policial no entorno das escolas. “Ela ultrapassa o conceito de policiamento ostensivo e entra no campo da essência da verdadeira prevenção. É uma relação mutua, pois, ao mesmo tempo que colabora com a promoção de um ambiente de paz nas escolas, é fundamental ao processo de ensino e aprendizagem”, disse.

O comandante da Cia ainda destacou que essa atuação permite aos policiais uma forte interação com os alunos. “Isso motiva aos cumprimentos das leis e das regras por meio dos bons exemplos. Essa interação é essencial na formação de bons cidadãos e um grande exercício para a PMES no desenvolvimento de ações preventivas para resultados ao longo prazo”, disse capitão Eliandro.

Casos de sucesso

Exemplos como a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Jones José do Nascimento, em Central Carapina, mostram os frutos desta parceria. A unidade de ensino já foi considerada uma das mais violentas do Espírito Santo, enfrentava problemas de indisciplina, vandalismo e baixa aprendizagem. Atualmente, a unidade se tornou referência em gestão diante ao reconhecimento do Prêmio Educador Nota 10.

“A parceria com a Patrulha Escolar é de grande importância. A gente percebe que a forma pensada, planejada e mais humanizada da Patrulha conversar com os estudantes tem feito a diferença. Além de mediar os conflitos e de resolver os problemas internos da escola, os militares se tornam uma referência para estes estudantes”, disse a diretora Juliana Roshner.

Outra diretora que tem a Patrulha Escolar como parceira é Ivanete Monteiro da Silva, da EEEFM Itagiba Escobar, em Cariacica. Ela conta que tem o apoio dos militares desde 2011, quando foi gestora da EEEFM Estelita Ramos, unidade que já ocupou posição de destaque no ranking da violência no Espírito Santo. "Com um trabalho efetivo, da comunidade escolar junto com a Patrulha, por meio de reuniões de pais e palestras, garantimos uma boa convivência e altos índices de aprendizagem. Eu só tenho a agradecer toda a parceria que tive até aqui”, disse.


Ações

A Patrulha Escolar atua de forma preventiva por meio de visitas às escolas, no mínimo, uma vez por semana, reunião com pais e palestras educativas, por exemplo. Em 2018, foram realizados mais de oito mil atendimentos. Paralelo às ações preventivas, a Sedu também trabalha com medidas pedagógicas, visando a conscientização do aluno quanto à valorização da vida.

Texto: Geiza Ardiçon