Rondônia
09.08.2024Promovida pelo governo de Rondônia, a Formação Continuada de Professores Indígenas e não Indígenas da Rede Pública de Ensino do estado, teve início na segunda-feira (5) e segue até sábado (10). A abertura do evento aconteceu em um hotel fazenda, localizado no município de Presidente Médici, e contou com dois momentos culturais; apresentação de dança e cantos tradicionais do povo indígena Gavião, de Ji-Paraná e a de povos indígenas de várias outras etnias do município de Guajará-Mirim.
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc), responsável por conduzir a educação escolar indígena, atende atualmente cerca de 4.500 estudantes regularmente matriculados em escolas localizadas nas aldeias, em todo o estado, com aproximadamente 420 professores indígenas e não indígenas, lotados nas 104 escolas sob a circunscrição das Superintendências Regionais de Educação (CRE).
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a formação continuada oportuniza a ressignificação de práticas metodológicas diferenciadas em sala de aula e facilita a compreensão de vários conceitos e procedimentos. “Com o evento, o estado fortalece os costumes e identidade dos povos originários, mediante à realidade de cada cultura e etnia indígena, e o governo fomenta investimentos para a realização destes projetos que norteiam a vida de muitos cidadãos”, evidenciou.
Presente durante a abertura do evento, a titular da Seduc, Ana Lúcia Pacini destacou que, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional deixa claro que a educação escolar indígena deve ter um tratamento diferenciado das demais escolas dos sistemas de ensino, devendo ser enfatizada pela prática do bilinguismo e da interculturalidade dos povos indígenas com línguas diferenciadas e cultura diversificada.
A titular da Seduc, salientou ainda que, a Formação está sendo apresentada no modo de oficina prática nos campos da alfabetização e letramento, e planejamento pedagógico, considerando as áreas do conhecimento, e suas respectivas tecnologias, de matemática, linguagem, ciências da natureza, ciências humanas, saberes em saúde indígena e orientação referente a utilização do diário eletrônico.
“Com todo o conteúdo sendo aplicado, é possível desenvolver interdisciplinaridade nas respectivas áreas, como forma de fortalecer a educação indígena, prática pedagógica e valorização das diferentes identidades dos povos originários, fortalecendo o que é proposto nos registros legais implementados, tornando assim, o ambiente escolar um espaço de construção e transformação”, frisou a secretária da Seduc.