Acre
22.03.2024O Centro de Ensino Especial Dom Bosco realizou, na manhã desta quinta-feira, 21, o evento Todo Mundo Cabe no Mundo, Movimento Meias Trocadas, com 44 alunos com Síndrome de Down de diversas idades e a comunidade escolar. A celebração foi um lembrete poderoso da importância da inclusão e do respeito.
O Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado nesta data, tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a diversidade e a necessidade de inclusão. Em relação às meias trocadas, a mensagem transmitida foi clara: a diferença é não apenas aceitável, mas também enriquecedora e divertida. A analogia dos cromossomos em formato de meias ressalta a singularidade de cada indivíduo.
A gestora Valéria Daniel enfatizou que a celebração do Dia Internacional da Síndrome de Down deve transcender o evento, sendo uma prática diária de reconhecimento dos direitos, habilidades e potenciais das pessoas com Síndrome de Down. “Eles só precisam de oportunidades, porque potencial eles têm”, declarou Daniel.
A programação cultural incluiu apresentações musicais solo e em grupo, dança e pintura nas mãos, proporcionando aos alunos momentos de expressão e celebração de suas habilidades. A professora Itaira Betânia Amorim destacou o papel fundamental da Escola Dom Bosco na vida dos alunos, oferecendo oportunidades de convívio social, acesso à cultura e arte.
Nos últimos anos vemos, em todo o mundo, pessoas com síndrome de Down estudando, trabalhando, vivendo sozinhas, escrevendo livros, participando de filmes, se casando e chegando à universidade.
A inclusão de alunos com Síndrome de Down em escolas regulares é uma realidade crescente, enriquecendo não apenas o ambiente escolar, mas também a sociedade como um todo.
Os estudantes Thúlio Ricardo Gonçalves e Bernardo Ramos, ambos com Síndrome de Down, exemplificam essa inclusão, frequentando o 5º ano na Escola Estadual José Sales de Araújo. Bernardo, com 11 anos, enfrenta desafios na comunicação e na coordenação motora, mas é integrado de maneira acolhedora e inclusiva pela comunidade escolar.
Mirlândia Fontinele, mediadora de Bernardo, ressaltou o ambiente inclusivo da Escola José Sales, onde todas as crianças são acolhedoras e há um cuidado especial com a inclusão. Apesar das dificuldades, Bernardo é descrito como um “doce de criança”, cujo progresso é resultado do apoio dedicado de sua mediadora.
Thúlio, por sua vez, demonstra uma adaptação exemplar à escola pública, com avanços perceptíveis em seu aprendizado, desde que começou a frequentar a instituição em 2023. Seu mediador, Kenedy Felipe Alves, destaca sua natureza tranquila, sociável e amorosa, sabe o nome de todos os seus colegas e quando chega na escola cumprimenta cada um com um aperto de mão.
Por: Clícia Araújo
Foto: Mardilson Gomes