Pará
24.03.2022Alunos de três escolas da rede pública estadual de ensino participaram na terça e quarta-feira (22 e 23) da Etapa Regional do Torneio Sesi de Robótica First Lego, realizado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi). O evento é considerado a maior competição de robótica educacional do Brasil, e tem o objetivo de incentivar crianças e jovens a desenvolver conhecimentos nessa área da ciência.
A disputa deste ano reuniu mais de 160 estudantes, divididos em 33 equipes de escolas públicas e privadas dos estados do Amapá, Pará e Roraima. O First Lego League busca desenvolver projetos ligados ao transporte e à logística. Nesta edição, a temática da competição foi “Cargo Connect”, que desafiou os participantes a pensar sobre o futuro do transporte.
De acordo com a secretária de Estado de Educação, Elieth de Fátima Braga, é muito importante a participação dos alunos em iniciativas como esta por ser um incentivo à tecnologia, aliada ao processo de ensino-aprendizagem. “Este é um estímulo à criatividade dos nossos estudantes e um momento muito especial. A gente torce para que, de fato, possamos ter um trabalho efetivo e levar, cada vez mais, este projeto para todas as escolas da rede pública estadual”, enfatizou.
A titular da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) destacou, ainda, que outros alunos da rede pública estadual já participaram de competições nacionais e internacionais, e vêm evoluindo muito na área da robótica, e esse conhecimento é importante como complementação de atividades pedagógicas.
Projetos - Cada grupo desenvolveu um robô destinado a projetos para os setores de transporte e logística. O time “Conexão MB”, com oito alunos da Escola Estadual Magalhães Barata, elaborou um projeto para auxiliar embarcações durante a navegação pelos rios da Amazônia. O projeto consiste em um sensor instalado na parte interna do navio para identificar se há algum obstáculo pelo caminho, a fim de evitar colisões.
A equipe “Pavulagem”, composta por cinco alunos das escolas estaduais Albanízia de Oliveira Lima e Jarbas Passarinho, criou um scanner 3D com capacidade para reconhecer interiores de veículos e embarcações, e assim otimizar o espaço durante o transporte de cargas.
Premiações - A disputa das três vagas para a Etapa Nacional foi acirrada. Neste ano, a coordenação ofereceu mais duas oportunidades, e a equipe “Pavulagem” foi selecionada para representar a educação pública do Pará em São Paulo (SP).
Durante o evento, o professor Rafael Herdy, do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) Belém, ganhou o prêmio “Técnico Destaque”, por ter sido o dirigente responsável pela equipe “Pavulagem”. A disputa foi uma seletiva para o Festival Sesi de Robótica, que vai ocorrer nos dias 27, 28 e 29 de maio durante a Bienal de São Paulo.
“A robótica vem para impulsionar e facilitar o ensino não só da matemática, mas de todas as disciplinas. O projeto desenvolve inúmeras habilidades dos alunos, principalmente, ligadas aos cálculos e à lógica. Quando o estudante programa um robô não está simplesmente fazendo ele se movimentar; está trabalhando com ângulos e graus, e existem diversos cálculos matemáticos que são feitos durante a programação para que o robô possa desempenhar uma boa missão. Tudo isso é muito mais fácil de ser trabalhado com o aluno de forma prática na robótica, do que apenas em sala de aula, da maneira tradicional”, ressaltou o professor Rafael Herdy.
Oportunidade - Para a estudante Jéssica Azevedo, da Escola Estadual Magalhães Barata, é gratificante participar do torneio. Segundo ela, foi um trabalho difícil, desenvolvido em dois meses, mas que representou uma grande oportunidade para conhecer outros projetos, que vão acrescentar ainda mais conhecimento a sua trajetória escolar.
“É uma satisfação estar aqui. A gente consegue perceber que nosso esforço valeu a pena. Foi um trabalho muito árduo de pesquisa. Estamos felizes pela oportunidade de estar participando. Tem sido uma experiência nova, já que conhecemos outros projetos, e isso também vai colaborar bastante com o nosso futuro”, ressaltou.
Aluna da Escola Estadual Albanízia de Oliveira Lima, Emilly Trindade disse que está orgulhosa em participar da competição. “Me sinto muito lisonjeada, porque é uma oportunidade única estar aqui. Eu e minha equipe somos de escolas públicas, e só o fato de estarmos aqui já é uma grande vitória. O nosso projeto é um scanner que faz o mapeamento das cargas, sejam elas em caminhões, navios ou contêineres. Após o levantamento, as informações são enviadas para um aplicativo que pega esses dados e determina a melhor localização para se colocar o carregamento”, explicou a estudante.
(Colaboração de Marx Vasconcelos - Ascom/Seduc)
Fotos: Eliseu Dias - Ascom/Seduc e Rodrigo Pinheiro - Ag. Pará