Alcançar uma boa pontuação na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) costuma ser uma meta dos estudantes que desejam ingressar em curso de Ensino Superior. E a preparação, muitas vezes, passa por uma caminhada que já se intensifica antes de chegarem ao 3º ano do Ensino Médio. É o exemplo da estudante de Salvador, Mariana Alves Reis, 18, que deseja fazer Medicina e fez a avaliação em três oportunidades. A rotina intensa de estudos concretizou uma evolução expressiva em sua pontuação. Em 2018, ela conquistou 680 pontos, aumentando para 920 no ano seguinte e atingindo a marca de 940 pontos, na última edição. 

Para a candidata, o resultado é fruto de um treinamento atrelado a uma análise constante dos próprios erros para evitá-los. “Um ponto decisivo é ler muitos livros, resumos de obras e assistir a filmes. Sinto que ao expandir meu conhecimento sobre a arte me proporcionou um repertório vasto que, com certeza, fez diferença na minha nota”.

A professora de Redação, Margarida Rocha, lecionou a disciplina para Mariana, no Colégio Estadual Mário Augusto Teixeira de Freitas, e relembra, com orgulho, da aluna. “Fiquei feliz com o resultado. Ela sempre foi responsável e atenta às dicas de estudo e de elaboração na estrutura do texto. Buscava sempre fontes variadas de leitura, o que é essencial para uma boa redação no ENEM. Essa estratégia vale para todos os estudantes. Digo sempre aos meus alunos: vocês são capazes e podem alcançar excelentes pontuações, porém se fazem necessários a leitura constante e o foco para estudar algum tempo por dia”.

O hábito da leitura também foi um forte aliado do estudante Pedro Paulo Santos Lopes da Silva, do Colégio Estadual Francisco da Conceição Menezes, em Santo Antônio de Jesus.  Com 19 anos, ele fez a avaliação três vezes. Na primeira teve 760 pontos; na segunda, 780; e na última edição alcançou 980 pontos. “Gosto de ler e o livro 'O Semeador de ideias' de Augusto Cury, ajudou nesta redação. O segredo é treinar e reservar um tempo para estudar. Quero cursar Direito e dediquei meu tempo para realizar este sonho. Antes de começar a trabalhar, estudava de sete a oito horas por dia e mesmo com o trabalho continuei com minha rotina e estudava de quatro a cinco horas por dia”. 

Moradora do município de Palmas de Monte Alto, a estudante Camila Cristi Morais da Cruz, 19, fez o exame pelo segundo ano. Na primeira oportunidade conquistou 760 pontos, na última prova sua nota foi superior, alcançando 960 de pontuação. “Dediquei dois meses de estudo para redação, pois sabia que ela aumentaria minha nota. Primeiramente, procurei entender a estrutura e as competências do texto, estudando não por temas e sim por eixos temáticos, como a área da Saúde e Educação. É importante ter um modelo e ir encaixando as palavras do tema com os argumentos, pois torna mais fácil e prático”.