Educação e Cidadania
13.06.2017No Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, 12 de junho, cerca de 200 estudantes, entre 7 e 14 anos, e profissionais de educação de escolas públicas estaduais da Região Metropolitana de Belém reforçaram o papel da escola como espaço de valorização dos direitos de crianças e adolescentes. Meninos e meninas compareceram ao auditório do Centro Integrado de Inclusão e Cidadania (CIIC), no bairro do Marco, para a cerimônia de premiação do I Concurso de Produção Artística de Combate ao Trabalho Infantil.
O concurso, organizado pelo Fórum Paraense de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente (FPETIPA), reuniu 37 escolas estaduais das unidades administrativas 1, 2, 3, 4 e 5 da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) na RMB, que concluíram 633 trabalhos dos estudantes: 448 pinturas e desenhos, 9 músicas e 176 produções textuais.
Participaram do concurso estudantes que, em 2016, trabalharam essa temática na produção de atividades de cunho artístico, como parte do projeto Bem Conviver, desenvolvido pela Coordenadoria de Ações Educativas Complementares (CAEC). A auditora fiscal do Trabalho, Aline Calandrini, informou que em 2014, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), eram 224 mil crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil no Pará e, em 2015, a quantidade diminuiu para 168 mil. A faixa etária que concentra a maior incidência de casos é de 15 a 17 anos.
Os estudantes vencedores do concurso foram premiados com notebooks, tablets e smartphones. Os professores orientadores e as escolas receberam plaquetas.
Enfrentamento – Estiverem presentes na cerimônia a secretária de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda, Ana Cunha; o secretário adjunto de Ensino da Seduc, José Roberto Silva, representando a secretária de Educação Ana Claudia Hage; o superintendente adjunto regional do Trabalho e Emprego, Jomar Lima; André Calandrini, representante da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pará; Angelina Falcão Valente, integrante do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, e o estudante Jean Paulo Santana de Jesus Júnior, da Escola Nossa Senhora de Fátima I, representando os alunos e alunas das escolas.
A cantora Lia Sophia, a professora Danila Cal e o produtor cultural Marcelo Damaso atuaram nas comissões julgadoras dos trabalhos. “Esse é um momento importante na formação dos estudantes, para as famílias, para as escolas, na mobilização contra o trabalho infantil”, destacou Lia Sophia.
“A situação econômica está difícil, mas a criança e o adolescente não podem ter a sua formação comprometida por meio do trabalho infantil. A instituição escola é, acima de tudo, um espaço educador. O educar é a forma primeira de mostrar que o lugar da criança é na escola”, afirmou a secretária Ana Cunha.
O secretário adjunto de Ensino da Seduc, José Roberto Silva, destacou que a educação promove cidadania e inclusão. “Esse trabalho do Fórum valoriza essa fase tão importante da vida, resgata o amor próprio, a vida e foca no bem estar das crianças que são o futuro do País. Esse trabalho envolve instituições de forma integrada”, pontuou. O auditório do CIIC recebeu redações, poesias, cartazes e as músicas compostas pelos estudantes.
Texto:Eduardo Rocha
Fotos:Eliseu Dias
Ascom Seduc