meio ambiente
23.03.2021Três estudantes da Rede Estadual foram selecionados pelo Arbo para desenvolver projetos de conscientização social e ambiental. A iniciativa tem como intuito reduzir a falta de alimentos saudáveis em comunidades carentes através da plantação de árvores frutíferas em lugares públicos e disseminação do reflorestamento urbano de árvores frutíferas livres, bem como a sensibilização da comunidade acerca das causas socioambientais e também a democratização do acesso à segurança alimentar. Ao todo, o Arbo selecionou 68 embaixadores das regiões Sudeste e Nordeste, e como representantes da rede pública estadual estão: Maria Êmilly Salles, Giovana Marinho Nascimento e Ismar Lima da Silva, todos da Escola Técnica Estadual (ETE) Governador Eduardo Campos, localizada em São Bento do Una, no Agreste de Pernambuco.
Cada embaixador ficará responsável por promover dentro de sua comunidade ou escola debates e reflexões sobre o reflorestamento urbano de árvores frutíferas, aulas de mapeamento e biomas locais, plantas, entre outras atividades. “Nosso maior objetivo é plantar árvores de acesso à população. Nesse sentido, queremos causar um impacto social na comunidade de que cada um pode reflorestar”, ponderou Ismar.
Segundo o estudante, o projeto visa causar um impacto na diminuição das famílias necessitadas. “Uma vez que as mudas derem frutos, esses frutos poderão ser consumidos por pessoas que necessitam, não só daquela região, não só daquela comunidade, mas também por pessoas que podem ir lá naquela árvore pegar uma fruta e se alimentar ou fazer um suco, por exemplo”, acrescentou.
Todas as árvores serão mapeadas através do aplicativo e do site do Arbo para que facilite a localização delas e que a população saiba onde tem comida livre e gratuita. “As árvores terão um controle. O mapeamento das árvores frutíferas, assim como o desenrolar das atividades progressivas serão efetuadas pelo embaixadores e pela equipe do Arbo para que as pessoas que estejam precisando de alimento possam ir até aquele local e colher os frutos. A gente fica bastante ansioso para que o projeto aconteça. E nesse período de pandemia a gente tem que ser bastante resiliente para poder passar essas informações para que possamos conseguir promover esse impacto social na nossa comunidade”, ressaltou Ismar.
De acordo com o fundador do projeto, Luan Torres, só na cidade de São Bento do Una já tem cerca de mil mudas frutíferas para serem plantadas nos próximos meses, todas em calçadas e espaços públicos. Além disso, o Arbo visa impactar mais de 1.800 pessoas por meio de sensibilização sobre as causas ambientais e de segurança alimentar.
“O Arbo é um projeto importante não só porque promove acesso ao reflorestamento urbano de árvores frutíferas e acesso livre à comida para as pessoas, mas principalmente porque engaja e acolhe jovens de vários lugares do Brasil que têm a vontade de fazer alguma atividade em prol do planeta e das pessoas em sua volta, e que muitas vezes não têm o apoio para iniciar. O Arbo olha para os estudantes e vê quais são as suas possibilidades de gerar impacto naquele meio e quais são suas necessidades. E isso é feito quando associamos os conteúdos de ciências da natureza do Enem com o Arbo, de modo a ajudar os embaixadores a gerarem impacto e estudarem para o Enem colocando o conceito em prática”, destacou Luan, que foi estudante da rede pública de ensino, na ETE Eduardo Campos, em São Bento do Una.