Pernambuco
21.06.2018Estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Frei Orlando, de Itambé, Zona da Mata, apresentaram, nesta quarta-feira (20), na Câmara dos Vereadores do município, um projeto de lei elaborado por eles. O documento, apresentado pelo aluno Felipe Soares da Silva durante uma sessão de escuta pública, regulamenta o uso de canudos biodegradáveis (de papel) - em substituição aos de plástico.
O projeto foi criado pela turma do segundo ano do ensino médio da EREM, após participar de uma feira realizada na escola em alusão à Semana do Meio Ambiente, celebrada no mês de maio, sob a orientação do professor de química da instituição, Manoel Santana. “Nós focamos o trabalho em reciclagem e os estudantes perceberam o quanto o plástico é prejudicial ao meio ambiente, pois demora muito tempo para se degradar. Foi daí que surgiu a ideia de criar essa lei, que está tramitando em outras cidades do sul do Brasil e em países da Europa”, detalhou o docente.
Manoel solicitou, então, ao presidente da Câmara, uma abertura de cinco minutos na sessão para que o estudante apresentasse a proposta. “Os vereadores nos receberam muito bem e ficamos muito alegres com a receptividade e atenção dada ao nosso trabalho. O projeto é, antes de tudo, um exercício de cidadania, porque os alunos estão conhecendo na prática como funciona o processo de construção de uma lei. Nesta atividade, eles se sentiram parte desse processo e deixaram de ser expectadores para ser protagonistas”, acrescentou.
O estudante Felipe Soares explicou, durante seu discurso, que o projeto de lei beneficia a todos, inclusive aos políticos que o assistiam. “Nós, alunos, temos que servir de exemplo para todos, pois somos a base de uma nova sociedade, uma nova geração. Apresentar esse trabalho foi muito emocionante para todos nós, ficamos muito felizes. A ideia é que a sociedade, incluindo os políticos que assistiram, reflita sobre os danos causados ao meio ambiente e considerem as nossas pesquisas”.
De acordo com Manoel Santana, o projeto de lei foi acatado pela Câmara e encaminhado ao setor jurídico e comissões do meio ambiente para apreciação. Ainda nesta semana, a turma da EREM vai criar uma campanha para que moradores da cidade assinem um abaixo-assinado pedindo a sansão da lei.