Bahia
08.03.2021Há mais de 5 mil anos a Aloe Vera, popularmente conhecida pelos brasileiros como Babosa, vem sendo usada para tratamentos estéticos industrializados ou caseiros. O que poucos sabem é que para além de estética, a planta também é usada para meios medicinais. Esse potencial da babosa fez com que estudantes do Colégio Estadual Duque de Caxias, da cidade de Barreiras, no Oeste da Bahia, buscassem, com sucesso, formas de utilizar a planta em um tratamento para o câncer de pele, além de cicatrização de queimaduras.
Os estudos começaram em julho de 2020, remotamente, durante a pandemia da Covid-19, como forma e incentivo de continuar as rotinas de aprendizado mesmo longe da sala de aula, no âmbito do projeto Ciência na Escola, desenvolvido pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), que estimula a iniciação científica nas escolas estaduais. As jovens estudantes estão desenvolvendo uma pomada, denominada como Babosa Famosa, que irá auxiliar no tratamento do câncer de pele e na cicatrização de queimaduras do primeiro ao terceiro grau. Por esta pesquisa, o projeto está entre os finalistas da 19ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada na Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com a estudante do 3º ano do Ensino Médio, Sabrina Bomfim, o produto é um meio de inclusão social por ter a base de uma planta que é facilmente encontrada no Brasil. “Escolhemos a babosa pela riqueza em benefícios medicinais que proporcionam relaxamento e acelera a cura de problemas na pele, devido ela ser uma planta de fácil acesso, o que irá beneficiar a população de baixa renda, pois, será um medicamento de baixo custo”, afirmou, destacando que o projeto está em fase de desenvolvimento e busca por parcerias com laboratórios para a realização de mais testes.
Sabrina contou que o experimento, inicialmente, ganhou o incentivo do projeto Meninas nas Ciências, que é coordenado pela Universidade Federal do Oeste da Bahia. “A nossa escola está no núcleo de desenvolvimento de pesquisas, que tem por objetivo a inserção de meninas no campo da pesquisa e extensão”, afirmou a estudante. Além de Sabrina, outra estudante da mesma escola, Cecília Leitão, também faz parte do projeto.
A professora das alunas, Stefani Laira Ferreira, diz que esses projetos estimulam a carreira dos jovens em entrar na vida acadêmica após a conclusão do ensino médio. “É de suma importância fomentar a pesquisa e extensão desde a Educação Básica, e que os produtos gerados por essas jovens pesquisadoras possa gerar o estímulo pelo fazer ciência, atrelando essas pesquisas à melhoria da qualidade de vida, incentivo de toda a comunidade escolar, fortalecendo o poder transformador que uma educação de qualidade pode gerar, principalmente no sentimento de pertencimento e geração de sonhos que esses projetos podem desenvolver”, afirmou Stefani.
Bahia Faz Ciência
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.
Fonte: ASCOM/SECTI