Estudantes com deficiência participam de projeto de horta orgânica suspensa

Paraíba

08.08.2023

Visando promover maior inclusão dos estudantes com deficiência, a EEEF Antenor Navarro, localizada no município de Guarabira, no Agreste paraibano, está desenvolvendo o projeto ‘Sementes da Inclusão: Plantando e colhendo na Escola’ em parceria com o Serviço de Referência de Inclusão da Pessoa com Deficiência (SERI) que faz parte do Atendimento Educacional Especializado (AEE).

No projeto, os estudantes com deficiência participam de todo o processo de preparação do solo até a colheita. São realizadas atividades de limpeza, capinagem e o cultivo de plantas medicinais e ornamentais. Como também a construção de uma composteira onde são depositadas cascas de frutas, legumes e ovos, que foram utilizados na própria merenda escolar para produção do adubo.

E, para facilitar a participação dos alunos cadeirantes, todas as hortas são projetadas de forma suspensa para facilitar a circulação das cadeiras entres as plantações.

Para a coordenadora do SERI, Arabela Araújo, propiciar aos estudantes com deficiência atividades ao ar livre e em contato com a natureza está sendo proveitoso para toda a comunidade escolar.

“Nossa horta ainda está em fase de construção, mas toda aula de campo é um aprendizado, temos sempre uma troca de conhecimento, sem falar na empolgação, participação e curiosidade dos nossos alunos em cada prática, e ao mesmo tempo a construção de um novo olhar e consciência, sobre cuidado com o solo e com o meio ambiente. O objetivo do projeto é semear conhecimento, conscientização, respeito, inclusão e diversidade”, detalhou Arabela.

Além das atividades na horta, também são realizadas atividades esportivas como vôlei e futsal para pessoas surdas, arte cênicas e teatro surdo. Além de oficinas de línguas de sinais para estudantes sem deficiência para ajudar na comunicação com os alunos surdos.

O SERI realiza ainda cursos de capacitação profissional como o de instrutor de libras. “Nossos alunos tanto ouvintes como os que têm deficiência auditiva, após o curso de libras podem entrar no mercado de trabalho e se tornarem futuros profissionais de língua de sinais”, explicou a coordenadora.