Com uma homenagem ao poeta Castro Alves, a quarta edição da Feira Literária de Mucugê (FLIGÊ), na Chapada Diamantina, foi aberta oficialmente, nesta quinta-feira (15). O evento teve como destaque um desfile cultural com grupos musicais de filarmônica e fanfarras percorrendo as ruas da cidade; conferência, saraus;  exposições; e apresentação musical relembrando o trabalho do escritor baiano.

A FLIGÊ  é uma realização em parceria do Instituto Incluso, Coletivo Lavra e Governo do Estado da Bahia, por meio de diversas secretarias, como as da Cultura e Educação, e patrocínio do Governo Federal. A FLIGÊ conta na sua programação com uma série de atividades voltadas para os estudantes da rede estadual de ensino, como oficinais e workshops,  com destaque para o protagonismo estudantil nas diversas áreas do conhecimento. Na oportunidade, os alunos também apresentam produções artísticas de sua autoria, criadas nos projetos estruturantes de cultura nas escolas, envolvendo música, teatro e poesia.

Presente na abertura da FLIGÊ, o secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, enfatizou o ambiente literário como um estímulo à cultura e à aprendizagem. "Com o envolvimento dos estudantes da rede estadual no evento, podemos motivá-los à uma procura pela leitura e, consequentemente, pela cultura. E esta homenagem ao nosso poeta Castro Alves, de relevância internacional, mostra que, na Bahia, temos ótimas fontes para inspirar os alunos", ressaltou.

Para a secretária estadual da Cultura, Arany Santana, que representou o governador Rui Costa, a Bahia segue firme na utilização da cultura como fonte imprescindível para a educação. "Como as feiras do Pelourinho e de Ilhéus, a FLIGÊ apresenta uma esmagadora participação dos nossos estudantes e isto demonstra que estamos plantando sementes que darão ótimos frutos. O trabalho realizado com as Escolas Culturais é um exemplo de que o Governo da Bahia segue acreditando nesta qualificação da educação por meio da cultura.

O ator Jackson Costa, que apresentou o espetáculo Sarau do Poeta, destacou a importância do envolvimento dos estudantes da rede pública nas feiras literárias. "Esses eventos se tornaram uma moda, no bom sentido, para o incentivo à cultura. E trazer o aluno das escolas públicas significa que, em breve, essas ações vão se tornar numa transformação na educação pública da Bahia. Ver as secretárias estaduais e as prefeituras fazendo parcerias para garantir a qualidade das festas literárias mostra que existe um empenho na melhoria da educação dos baianos", disse.

A estudante Tarcísia Santos, do anexo do Colégio Estadual José Américo Araújo, no povoado de Colônia, em Itaitê, contou que a oportunidade de conhecer a FLIGÊ expande o aprendizado que tem na escola. "É fantástica esta chance de poder conhecer pela primeira vez a feira literária. Gosto muito de ler e a escola me proporcionar vir e interagir com os colegas. Já comprei dois livros e estou ansiosa para pesquisar outros títulos. Sair da sala de aula para termos esta experiência é enriquecedor", garantiu.