Bahia
18.11.2022Para celebrar o "Dia da Consciência Negra", comemorado em 20 de novembro, a Secretaria da Educação do Estado (SEC) e as escolas da rede estadual de ensino vem realizando, ao longo do mês, diversas atividades alusivas ao Novembro Negro. As iniciativas têm como foco questões a exemplo da valorização da cultura e da identidade do povo negro; do enfrentamento ao racismo e intolerância religiosa; e do respeito à diversidade, dentre outras.
O Colégio Estadual Alberto Valença, localizado em Salvador, realizou, nesta sexta-feira (18), a Caminhada da Diversidade com os estudantes até o Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá. A atividade fez parte da culminância do projeto “Escrevivências da juventude negra do CEAV”, premiado pelo Edital Jorge Conceição, promovido pela SEC em parceria com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (SEPROMI). No local, houve apresentação de roda de capoeira e exibição de pinturas produzidas pelos estudantes. No dia 25 de novembro, a partir das 7h, no mesmo colégio, será realizado um café literário com recital de estudantes, além do lançamento do livro “Escrevivências da juventude negra do CEAV”, que reúne textos produzidos pelos alunos.
Para a estudante líder de classe, Maria Eduarda Carvalho, 1º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Alberto Valença, o projeto está ampliando o aprendizado. “O trabalho nos trouxe a oportunidade de aprofundarmos na pauta sobre racismo, machismo e xenofobia. Além disso, também nos trouxe muita cultura e atividades, como palestras, que nos ajudaram bastante no ano letivo e nos apresentaram informações que levaremos para a vida toda”, disse.
Também situado em Salvador, o Colégio Estadual Rubén Dario realizou, nesta sexta (18), a culminância do Novembro Negro. Dentre as atividades, se destacaram desfile; apresentações de dança e música; e degustação de comidas típicas; além de debate sobre a importância do negro na formação cultural e social do Brasil.
Já no município de Catu, o Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes (CEMIMG) desenvolveu, durante o ano letivo de 2022, o projeto “Educação antirracista: a escola enquanto espaço de (re)existência”, que foi um dos vencedores do Edital Professor Jorge Conceição. O projeto será apresentado no colégio, no dia 25 de novembro. Como fruto do trabalho, será realizada, nesta sexta-feira (18), às 18h, no Clube CEPE, em Catu, a exibição do documentário “NUPEA: caminhos de resistência no CEMIMG. Os estudantes do Colégio Estadual Doutor Jair Santos Silva, localizado em Feira de Santana, também lançaram, no último dia 10, no Centro Cultural SESC de Feira de Santana, o documentário “A forma urbana negra do bairro Rua Nova”.
Programação SEC - No dia 30 de novembro, às 14h, no auditório da SEC, será realizada uma culminância do Novembro Negro. O evento visa promover debates acerca dos processos de produção e aplicação dos projetos e recursos educacionais oriundos do primeiro edital do Prêmio Professor Jorge Conceição, bem como fomentar as inscrições do segundo concurso público do Edital Década Estadual Afrodescendente.
A programação contará com vernissage e uma apresentação teatral realizada pelo Colégio Estadual Desembargador Júlio Virgínio de Santana, com o tema “O protagonismo negro como forma de (re)existência intelectual e ancestral”. Também haverá apresentações do projeto “Escrevivências da juventude negra do CEAV” e do minidocumentário “Territórios de resistência: Diálogos entre o centro antigo de Salvador e o Recôncavo da Bahia”, bem como o lançamento dos livros “Felipas Marias” e “Outras Zeferinas”, fomentados pelo Edital Prêmio Professor Jorge Conceição.
Mais ações - Outras escolas estaduais também realizarão ações de culminância dos seus projetos, no âmbito do Prêmio Jorge Conceição e do Novembro Negro. No dia 22 de novembro, o Colégio Estadual do Açudinho, de Conceição do Coité, realizará a culminância do projeto “Horto medicinal: um resgate às memórias ancestrais”. Já no dia 28, o Colégio Estadual Governador Luiz Viana Filho, localizado em Nazaré, fará a apresentação do projeto “Saberes e sabores da Pedagogia do Dendê”.