Bahia
11.11.2019As escolas da rede estadual de ensino da capital e do interior do Estado estão promovendo, ao longo do mês, diversas atividades artísticas e culturais votadas para a campanha Novembro Negro, voltada à celebração do Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro. Palestras, exibição de filmes, debates, apresentações de dança e música, que evidenciam a valorização da cultura e da identidade negra, fazem parte da programação.
Os estudantes do Colégio Estadual Rafael Oliveira, localizado no bairro de Cajazeiras VIII, em Salvador, confeccionaram máscaras africanas de papelão, que estarão expostas na unidade escolar no dia 20 de novembro, quando haverá a culminância do Novembro Negro com apresentações de dança, música e poesia. Outro destaque será a exposição de fotos de profissionais negros moradores do bairro.
A estudante Jailane Santos, 15, 8º ano, já está ensaiando a música “Ê baiana”, da cantora Clara Nunes, para a sua apresentação. “Eu acho muito importante discutir a temática do Novembro Negro na escola e abordá-la de diferentes formas, pois devemos combater o preconceito racial e mostrar que todos somos iguais”, afirmou.
A coordenadora pedagógica do colégio, Geisa Cândida, falou da importância das atividades para o aprendizado dos estudantes. “Todas as ações ressaltam a valorização da cultura e identidade do povo negro e fazem com que os estudantes explorem a criatividade e ampliem suas aprendizagens de forma contextualizada”, comentou.
No município de Carinhanha (730 km de Salvador), os estudantes do Colégio Estadual Coronel João Duque participaram, nesta quinta-feira (7), da atividade “Cine debate”, na Câmara de Vereadores da cidade, na qual assistiram ao filme sobre racismo intitulado “O ódio que você semeia”. No dia 11 de novembro, às 8h, eles assistirão, no mesmo local, a palestra “Reflexões sobre racismo, resistência e afirmação”.
Já no dia 20, também acontecerá, na mesma escola, o “Dia D Consciência” com a culminância do projeto “Novembro Afirmativo”, que contará com diversas atividades, a exemplo do desfile “Empodere-se”, com a representação da mulher e do homem negros na reconstrução do padrão estético, além de oficinas de dança e de turbante, oficina literária, salas temáticas, apresentações culturais e degustação de comidas típicas.
Em Governador Mangabeira (121 km da capital), no Colégio Estadual Professor Edgar Santos, até o dia 14 de novembro, os estudantes estão envolvidos no projeto “Mulheres negras no Brasil: resistência, protagonismo e empoderamento”. No Colégio Estadual Professora Nilde Monteiro Xavier, localizado em Palmeiras (420 km de Salvador), os estudantes participam, nos dias 13 e 14, do Festival de Artes Literárias sobre a temática. No mesmo período, o Colégio Estadual Professora Candolina classe VII, em Salvador, realiza a culminância do projeto “Identidade negra, empoderamento e resistência”. Já no Colégio Estadual Francisco da Conceição Menezes, também em Salvador, a comunidade escolar participa, entre os dias 16 e 20 de novembro, do projeto “A coisa está preta no Francisco”.