Educação
29.08.2019A Expointer, maior feira de agronegócio da América Latina, também é uma oportunidade para que estudantes das escolas do campo mostrem o seu talento e divulguem suas produções. A tradicional exposição de projetos pedagógicos traz, entre os destaques deste ano, a conscientização sobre os agrotóxicos, o uso de elementos da robótica na educação do campo, o empreendedorismo no campo e a agroecologia. Ao todo, 15 instituições de ensino e 32 participantes se apresentam na Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea), no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
A secretária-adjunta de Educação, Ivana Flores, ressalta que é preciso agregar, cada vez mais, elementos de novas tecnologias ao desenvolvimento dos trabalhos das escolas rurais. “É preciso unir as demandas da área pedagógica e acrescentar conhecimentos técnicos e científicos, inovadores, que acompanhem os interesses dos alunos do século 21 e da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC)”, destaca.
A Escola Técnica de Agricultura de Viamão (ETA) apresentou, nesta edição, um experimento de compostagem que buscou verificar a mistura de melhor sustentabilidade no adubo de plantas. Na experiência, foram utilizadas folhas secas, gramíneas e estercos bovinos, suínos, equinos, ovinos e de aves. A professora Ângela Cristina de Oliveira explica que o resultado, a partir da experimentação dos estudantes, é de que a compostagem com esterco bovino qualifica a produção, e a suína não surte efeito. “Sempre busco ensinar aos alunos para que façam na prática aquilo que aprenderam com os recursos que têm disponíveis, sem depender de verba. Através de um método simples de verificação, nós tornamos as produções muito mais rentáveis”, analisa.A Escola Estadual de Ensino Fundamental Ângelo Emílio Grando, de Erechim, elaborou práticas agroecológicas de desenvolvimento sustentável por meio de duas ações pedagógicas: reutilização de caixas de leite como isolante térmico de pinteiros e a construção de um armário para desidratação de ervas medicinais para consumo de chá.
A educadora responsável, Simone Castelani, conta que, para aquecer os pintos, a temperatura ideal é de 32 ºC. Antes, necessitavam de quatro lâmpadas para obter o resultado desejado. Com o auxílio de caixas de leite para aquecer o ambiente, foram necessárias somente duas, o que mostra, de acordo com Simone, a eficiência da experiência.
“Utilizamos estas duas técnicas para mostrar aos estudantes que é possível tornar a produção mais efetiva com alguns detalhes. No primeiro caso, diminuímos o consumo de energia. No segundo, reduzimos as ações do clima na desidratação das ervas e aprimoramos a manutenção das propriedades medicinais”, explica.
Encontro de diretores das escolas estaduais agrícolas
A secretária-adjunta de Educação, Ivana Flores, esteve presente na manhã desta terça-feira (27/8) na Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea), na Expointer, no encontro dos diretores de 26 escolas estaduais agrícolas. Na ocasião, os gestores debateram suas necessidades nas áreas pedagógicas e de recursos humanos, bem como planejaram ações de qualificação dos cursos.