Um projeto que está fazendo sucesso no Colégio Estadual Desembargador Virgilio de Melo Franco, de Paranã, é o da Consciência Negra que, neste ano, conta com o tema Resistência, Resiliência e Herança Cultural: afrodescendentes e a dolorosa realidade da escravidão. O trabalho é desenvolvido em conjunto com o Colégio Militar Euclides Bezerra Gerais. Uma das ações acontece nesta quarta-feira, 13, a partir das 19 horas, a Noite do Axé, com apresentações musicais e muita animação. 

As duas escolas fazem parte da Superintendência Regional de Educação de Arraias (SRE). E as ações do projeto tiveram início em abril, com aulas, pesquisas e muita leitura sobre o tema. Em junho e agosto, a escola promoveu um momento de apresentações em que os estudantes utilizaram recursos como maquetes, murais, linha do tempo, representações do ambiente histórico, dramatizações, músicas e danças. 

Neste mês, em que se celebra o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, os estudantes prepararam apresentações especiais para vários dias. E, para isso, a escola foi ornamentada com ilustrações, frases e plantas para promover um ambiente mais alegre. E entre as ações está a Noite do Legado, com rodas de samba, teatro e ritmo da favela e, agora, a Noite do Axé, com danças, músicas e foco na cultura africana. 

No próximo dia 22, às 19 horas, na quadra da escola, será realizada a culminância do projeto com diversas apresentações enaltecendo a cultura afro-brasileira e lembrando os artistas negros que fizeram história e que tiveram suas vidas marcadas pela resistência. 

O projeto Consciência Negra tem a finalidade de promover compreensão e reflexão sobre o legado e a identidade afro-brasileira. A escola conta atualmente com 367 estudantes e oferta o ensino médio.

A diretora de Currículo e Avaliação da Aprendizagem da Secretaria da Educação, Gabriela Fernanda do Carmo ressaltou a importância das instituições de ensino realizarem essas atividades sobre a consciência negra. “O desenvolvimento de projetos nas unidades escolares contribui para a formação de uma nova forma de pensar e agir na sociedade, instigando nos estudantes a compreenderem os valores, comportamentos e práticas sociais estabelecidas. Além disso, busca promover uma nova maneira de pensar e questionar práticas tradicionais, ou seja, ao trazer novas perspectivas, os projetos abrem espaço para uma reflexão crítica sobre como as coisas são feitas e como podem ser realizadas de maneira mais justa, eficiente e humana”, afirmou.

O aluno Marcivânio Izídio de Souza, 16 anos, do Colégio Estadual Desembargador Virgilio de Melo Franco, fala sobre as aprendizagens para a vida. “Esses eventos me proporcionaram momentos de reflexão e conhecimento. Como negro, me fizeram aceitar a minha verdadeira identidade, que eu buscava há um bom tempo. Aprendemos que, apesar da cor, raça e etnia, todos são livres para traçar seus caminhos”, frisou.

Depois de tanto estudar sobre o assunto, o estudante Joel Júnior tem o desejo de compartilhar essas informações com outras pessoas para melhorar a convivência humana. “Esse projeto é importante para a minha formação, porque trabalha a história dos negros na prática. Eu consegui fazer parte do cerimonial na intenção de compartilhar informações para que todos reflitam sobre a importância da cultura afro-brasileira no nosso país”, frisou.

Edição: Ana Luiza da Silva Dias/Governo do Tocantins

Revisão Textual: Liliane Oliveira/Governo do Tocantins

Joselia de Lima/Governo do Tocantins