Paraíba
22.12.2021A Escola Cidadã Integral Técnica Francisca Martiniano da Rocha, de Lagoa Seca, venceu o primeiro Prêmio de Propriedade Intelectual nas Escolas (PI nas Escolas), com o projeto ‘Criação de Plástico Biodegradável de Batata-doce e capim braquiária’, desenvolvido pelo o grupo de estudo da escola ‘Os Sapiens Educação STEAM’. A escola ficou em primeiro lugar na região nordeste na categoria ‘Planeta’ e recebeu a premiação no valor de R$ 4 mil.
O Prêmio PI nas Escolas é um concurso realizado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial que tem o propósito de identificar, valorizar e divulgar experiências educativas, inclusivas, equitativas, transdisciplinares e de qualidade, conforme o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 4 aprovado pelos Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), planejadas e realizadas por professores, gestores escolares de escolas das redes privada, federal, estadual e municipal de ensino, da Educação Infantil ao Ensino Médio e Profissionalizante.
O concurso foi realizado em cinco categorias: Criatividade – Educação para a inovação e produção artística; Cidadania – Educação para a cultura de respeito pela criação; Tecnologia – Educação para a ciência e inovação; Planeta – Educação para o aproveitamento sustentável e inovador dos recursos naturais; e Negócios – Educação para o empreendedorismo.
O projeto ‘Criação de plástico biodegradável de batata-doce e capim-braquiária’ foi inscrito na categoria ‘Planeta – Educação para o aproveitamento sustentável e inovador dos recursos naturais’, e desenvolvido por quatro estudantes da 1ª série do ensino médio. O projeto teve início no mês de maio, após identificar o cenário socioeconômico e ambiental de Lagoa Seca por meio da plataforma Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Cidades 2021.
Como foi desenvolvido - Com o objetivo de combater as queimadas e o lixo plástico, por meio da articulação e diversificação dos arranjos produtivos locais, através da Agenda 2030 levados à sociedade de Lagoa Seca, foi criado neste projeto um plástico biodegradável a partir da batata-doce e do capim-braquiária.
Para o desenvolvimento e criação do plástico, os estudantes tiveram o apoio e orientação de quatro professores de diferentes áreas: Biologia, Matemática, Química e do professor da base técnica do curso de Comércio ofertado pela escola. Segundo o professor de Biologia, Damião Raniere Queiroz, a ECIT Francisca Martiniano da Rocha está em reforma, no entanto, a Secretaria de Cultura de Lagoa Seca cedeu o espaço físico para os professores e alunos, que levaram os equipamentos e vidrarias para realizarem os experimentos.
“Foram realizados 22 encontros, sendo 14 de forma remota pelo google meet e 8 encontros presenciais, seguindo todos os protocolos de saúde estabelecidos pelo Estado e o município. Os presenciais foram realizados de forma alternada em ambiente aberto e ventilado, ocorrendo no espaço da Secretaria de Cultura de Lagoa Seca”, contou o professor Damião.
Para a Gestora, Michelle Santino Fialho, “o prêmio representa o ideal de protagonismo trabalhado em nossa Escola. Além de mostrar o potencial do Ensino Integral, as mudanças que o modelo proporcionou para a comunidade, o prêmio traz uma representatividade significativa para nossos alunos e toda a equipe. Alunos de escola pública, alunos da zona rural, que mesmo durante o ensino remoto mostraram empenho e dedicação à pesquisa desenvolvendo um trabalho único e inédito em nossa cidade” falou.
A estudante Valeska Santos Silva destacou a importância do Prêmio. “ O prêmio PI foi uma grande conquista, uma experiência ótima que tive na participação desse projeto. A escola se dedicou muito para nos ajudar na construção do bioplástico com toda a organização. Através desse projeto consegui aprender várias coisas como por exemplo as ODS e o método científico que era um assunto que eu não tinha conhecimento”, disse.
https://paraiba.pb.gov.br/diretas/secretaria-da-educacao-e-da-ciencia-e-tecnologia/noticias/escola-integral-de-lagoa-seca-conquista-primeiro-lugar-no-nordeste-do-premio-de-propriedade-intelectual-nas-escolas