Pará
27.11.2023Pelo segundo ano consecutivo, a Escola Estadual Avertano Rocha, no distrito de Icoaraci, na Grande Belém, promoveu o II Festival de Visagens e Assombrações Paraenses na noite desta sexta-feira (24) na sede da unidade. O festival teve como principal objetivo promover atividades acerca das lendas e narrativas orais de visagens e assombrações que fazem parte do imaginário coletivo amazônico.
“Pensamos nesse projeto para não só trabalhar a questão da interdisciplinaridade de diferentes linguagens, mas fazer o resgate das narrativas populares, o resgate da questão da cultura e da ancestralidade das narrativas do estado do Pará. Então, nosso foco é o resgate dessas lendas, desses causos, das contações de visagens e assombrações que são repassadas de geração para geração”, disse o coordenador do projeto e professor de Geografia da escola, Roni Lopes.
Na noite desta sexta-feira, professores e estudantes do ensino médio, do período noturno, participaram da noite de exibição dos curtas-metragens produzidos pelos próprios alunos. Também foram realizadas performances cênicas - teatro assombroso - onde os estudantes representaram uma lenda e/ou assombração regional, com resultados das pesquisas em cultura regional amazônica realizada pelos estudantes.
“Aproximadamente entre 280 e 300 alunos da escola que participam do projeto e todos trabalharam efetivamente para as obras. Não só na pesquisa, mas quando eles produzem os curta-metragens, eles atuam como cinegrafistas, editores, roteiristas, na parte da performance eles atuam como diretores, como atores, encenadores e cenografistas. Então, é uma coisa muito legal”, disse o professor sobre a participação dos estudantes na produção dos curta-metragens exibidos durante o evento.
Estudante do terceiro ano do ensino médio na unidade, Evelyn Farias, destacou a experiência pessoal de participar do projeto audiovisual. “Está sendo uma experiência incrível. O projeto abriu portas para mim mesma, conhecer talentos que eu não conhecia, nos dando a oportunidade de mostrar nossa voz e desencadear todo o conhecimento que nós temos”, disse ela, que ficou animada com o projeto.
Já a aluna do segundo ano do ensino médio, Mariele Dias, destacou a importância de ações pedagógicas como a mostra nas escolas estaduais. “Na minha opinião, todas as escolas deveriam optar por eventos assim. Acho muito importante para os alunos e professores, principalmente para os alunos, porque a gente aprende a conviver em equipe, aprendendo a saber ouvir outras pessoas e lidar com opiniões diferentes da nossa. Assim como esses eventos, a gente pode nos conectar ainda mais com nossos professores, diretores, e em primeiro lugar com a nossa escola. Aprendemos a zelar por um lugar que nos acolhe tanto”, finalizou.
Texto: Igor Lopes, sob a supervisão de Bruno Magno (Ascom Seduc)