Pernambuco
31.10.2019Viver Bem é um projeto da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Escritor José de Alencar, situada no bairro de Maranguape I, em Paulista, quem vem promovendo mais saúde e aumentando a expectativa de vida dos moradores do entorno da unidade de ensino há cerca de dois anos. Aproximadamente, 90 pessoas participam de aulas de educação física em dois dias da semana sob o comando do professor da instituição, Gledson Pedro.
As aulas são gratuitas e acontecem nas terças e quintas-feiras, sempre às 6h da manhã, na quadra da unidade de ensino. A maioria dos alunos são idosas. Muitas delas são mães e avós de alunos e ex-alunos, e que hoje ocupam a escola para cuidar do corpo e da mente. Maria de Fátima Melo, de 62 anos, é uma delas. “Meus três filhos estudaram aqui e depois de alguns anos, já adulta, eu vim para terminar meus estudos também. A Escritor José de Alencar é a escola do bairro; a maioria dos moradores estudaram nela”, conta.
Maria mora em frente a unidade de ensino e explica como o projeto vem ajudando nas relações interpessoais e na saúde dos moradores. “Eu estou no projeto desde que começou. Eu sou diabética, hipertensa, e tanto eu quanto minhas colegas e vizinhas que estão aqui melhoraram bastante das dores e regularizaram as taxas depois das aulas do professor Pedro. O Viver Bem é um trabalho que vem unindo a gente, que vem trazer lazer, alegria e mais saúde”, diz.
“O nosso objetivo é aproximar a comunidade escolar da comunidade local mesmo e proporcionar uma melhor qualidade de vida para essas idosas. Como metodologia, eu trabalho com elas a ginástica e a musculação, sempre me preocupando com a parte imunológica e óssea de todas”, detalha Pedro. Para ele, o melhor retorno das aulas é a assiduidade das alunas, que raramente faltam. “Para se ter uma ideia, eu tenho dezenas de alunas aqui que nunca faltaram, desde a criação do projeto. Isso significa que o trabalho vem surtindo efeito positivo na vida delas e eu fico muito feliz em vê-las animadas, com a autoestima lá em cima, falando o quanto as dores diminuíram, que raramente adoecem”, disse.
O único aluno do projeto é Amauri da Silva Lima, pai de ex-estudantes da escola, que começou a frequentar as aulas há 15 dias. No início do ano, o balconista sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que lhe comprometeu alguns movimentos. “Minhas vizinhas sempre me chamavam para vir, mas eu esperei a autorização do médico para participar do projeto. Hoje eu participo desses encontros e também faço fisioterapia para me reabilitar. Já sinto os efeitos. Venho melhorando bastante nos movimentos e o professor é ótimo, muito atencioso e dedicado. É o incentivo que a gente precisava para não parar de exercitar”.