Escola de Florianópolis participa de projeto que ensina linguagem de programação

Santa Catarina

06.06.2019

Os alunos do 6ª ano da Escola de Educação Básica Hilda Teodoro Vieira, no bairro Trindade, em Florianópolis, receberam nesta semana um conjunto de materiais para aprender linguagem computacional. Um manual didático e a placa programável BBC Micro:bit, desenvolvida pela Micro:bit Educational Foundation, da BBC, de Londres, fazem parte do kit fornecido pelo projeto de pesquisa Inventura Experience, criado na Inglaterra e implementado na Dinamarca e no Brasil.

A EEB Hilda Teodoro Vieira foi selecionada na rede estadual de ensino pela Positivo Tecnologia Educacional para participar do experimento, voltado à aprendizagem digital, à linguagem de programação e à cultura maker ou “faça você mesmo”. Durante três meses, os 23 alunos receberão orientação da professora de Matemática em atividades com a placa que desenvolvem competências como a autonomia, a cooperação, o protagonismo, a aprendizagem por projeto e o pensamento crítico, tudo a partir do pensamento computacional.

À medida que evoluem, os alunos conseguem formular frases, figuras e comandos cada vez mais complexos, aparentes nos pontos de led do microbit. A pequena placa é conectada ao computador e a programação é feita a partir de uma plataforma on-line.

“Florianópolis é um polo tecnológico e tudo que a escola quer é estar inserida nesse contexto de inovação. No primeiro questionário respondido pelos alunos participantes, a pesquisa revela que a maior expectativa deles é a oportunidade de um futuro profissional melhor”, diz a diretora Maria Christina de Mello Torres.

Alunas interessadas e professores confiantes

As atividades dos alunos serão monitoradas por aula, supervisionadas pela Secretaria de Estado da Educação, e a escola receberá um relatório completo com os resultados da pesquisa aplicada à turma.

A diretora de Gestão da Rede Estadual na SED, Isabela Fornari Müller, frisa que a tecnologia deve fazer parte do processo de ensino-aprendizagem. “A introdução da metodologia maker,por meio de projetos como este, visa levar os nossos alunos a internalizarem conhecimento e a despertarem para a criatividade”, diz.

Nos experimentos realizados em Londres, os resultados publicados em 2017 apontaram que a metodologia aumenta o interesse dos participantes na área de exatas. Entre as meninas, após usarem a placa, 70% a mais responderam que escolheriama computação como um dos temas escolares. Enquanto metade dos professores que se que questionavam sobre o ensino de computação e usaram o micro:bit afirmaram se sentir mais confiantes como educadores.