Na quinta-feira (21), a Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Sizenando Silveira, no Recife, preparou um dia inteiro de programação para celebrar o Dia Internacional Contra à Discriminação Racial e o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé. O encontro teve como objetivo promover espaço para reflexão e troca de conhecimentos sobre essas religiões, além de debater sobre a diversidade étnico-racial e contribuir para o combate ao racismo. 

Os estudantes participaram de várias atividades relacionadas à temática. Pela manhã, a programação contou com um desfile para exaltar a beleza negra, apresentação musical, batalhas de rimas, declamação de poemas e a exibição do documentário “Candomblé – retratos da fé”, seguida por um debate sobre o filme. 

À tarde, os estudantes participaram de uma exibição do filme “One Love”, dentro das atividades da eletiva CineCiências. A partir do filme,  que conta a história do cantor Bob Marley, foram abordadas as questões do preconceito racial e do movimento rastafari, de matrizes africanas. A atividade aconteceu no auditório da Biblioteca Pública do Estado (BPE), vizinha à escola. 

No mesmo turno, duas palestras foram promovidas pelo professor Rubens Rocha, que ministra o Itinerário Formativo Ética e Cidadania na EREM. O advogado, militante LGBT+ e professor universitário Sérgio Pessoa palestrou sobre o tema “Identidades LGBT e a população preta”, enquanto a  professora universitária Nathielly Ribeiro falou sobre “O papel das juventudes no combate à discriminação racial”. 

“É muito importante discutir e abordar esses temas na escola por ser nosso maior núcleo de convivência”, destacou a aluna Maria Juliana Rodrigues. O estudante Arthur Victor avaliou positivamente as ações que destacam as manifestações culturais do povo negro. “É uma herança global, que enriquece a diversidade cultural. A cultura negra é um reflexo da história de luta e resistência contra a opressão, oferecendo inspiração e força para as comunidades”, disse.