Expandir a atuação da Ouvidoria da Educação e estreitar os laços com as comunidades escolares nos municípios são as principais propostas do encontro Planejamento das Ações da Ouvidoria 2024, que teve início nesta quarta-feira (10), no Hotel Fiesta, no bairro do Itaigara. Durante três dias, técnicos, jovens ouvidores e jovens ouvidores adjuntos dos 27 Núcleos Territoriais de Educação (NTEs) estarão reunidos na construção de um espaço de diálogo, com escuta qualificada, junto a estudantes representantes das comunidades quilombola, da Educação do Campo, da Educação Profissional e Tecnológica, dos povos indígenas, do LGBTQIAPN+ e das Pessoas Com Deficiência (PCDs).

Presente na abertura, a secretária da Educação do Estado, Rowenna Brito, enfatizou a importância do encontro para o fortalecimento da escola como um espaço democrático e inclusivo. “Hoje, temos a ampliação do número de ouvidores e isso é o reflexo do que acreditamos como uma política de sucesso, que estimula o empoderamento e protagonismo dos estudantes. Isso é representatividade, em que cada um traz o seu olhar sobre o dia a dia na escola para fortalecer o exercício da cidadania e juntos construirmos ações estratégicas, como os projetos Ouvidoria Vai à Escola e o Jovem Ouvidor (criados em 2013 e 2022 respectivamente). Temos a diretriz de interiorizar cada vez mais as políticas públicas e a área da Educação tem um papel importante neste contexto, já que temos escolas nos 417 municípios baianos”, explicou.

O estudante Felipe Cauã veio de Caetité, onde aos 18 anos foi reeleito como jovem ouvidor territorial, representando o Sertão Produtivo. Ele acredita que esses encontros sejam necessários para a construção de um plano de ação direcionada tanto às demandas específicas, como às demandas mais amplas. “A presença de um jovem ouvidor na escola representa uma escuta qualificada, que colabora para elevar a Educação da Bahia para outro patamar de qualidade”.

Primeiro dia - Em sua palestra sobre a Corregedoria como parceira da Educação, no primeiro dia do encontro, o corregedor da SEC, Ricardo Moraes, ressaltou a escuta qualificada dos jovens ouvidores como imprescindível para a construção de políticas e ações que colaborem para que a escola possa ser, cada vez mais, um espaço harmônico, fraterno e acolhedor. “Precisamos sentir, cada vez mais, o chão da escola. É o que nos proporciona essa sensibilização. Cada fala nos transmite conhecimento e o dever institucional e moral para construirmos um caminho de soluções”, ressaltou.

A ouvidora adjunta da SEC, Kadija Borges, acredita que a troca de experiências entre os jovens dos diferentes territórios baianos oportuniza o fortalecimento do protagonismo dos estudantes. “Estamos aqui com os nossos jovens ouvidores eleitos em sete categorias para firmarmos as ações necessárias em conjunto e de forma regionalizada com os nossos 27 Núcleos Territoriais de Educação (NTEs). Nosso objetivo é alcançarmos as escolas dos 417 municípios”.

Fonte: Ascom/SEC