Bahia
31.05.2019As diretrizes curriculares para a Educação Quilombola foram discutidas durante encontro do Fórum de Educação Quilombola com gestores da Secretaria da Educação do Estado, na quinta-feira (30) e nesta sexta-feira (31), no Instituto Anísio Teixeira, em Salvador. A perspectiva é garantir a especificidade das vivências, realidades e histórias dos estudantes quilombolas. A Bahia é o Estado que possui a maior concentração de comunidades quilombolas no Brasil. São mais de 500 comunidades, das quais 494 já foram certificadas pela Fundação Cultural Palmares.
O secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, participou das discussões no primeiro dia de atividade e falou que a inciativa tem o foco de fortalecer a Educação Quilombola e, consequentemente, promover a valorização da cultura e o pertencimento dos estudantes. “Estava com uma expectativa muito grande de ter um encontro com os Fóruns de Educação e foi uma grande alegria me encontrar com o Fórum de Educação Quilombola. São pessoas, lideranças que tratam a educação como uma ferramenta importante de evolução econômica, cultural e preservação dos costumes de cada comunidade. Isso fortalece o modelo de escola que queremos construir. Para isso precisamos tratar as questões de infraestrutura, alimentação escolar, formação de professores, sempre respeitando e fortalecendo a Educação Quilombola”, afirmou o secretário.
José Ramos de Freitas, da comunidade quilombola de Ilha do Porto do Campo, em Camamu, falou que a discussão das diretrizes curriculares é essencial para respeitar as especificidades que a Educação Escolar Quilombola exige. “É fundamental que as comunidades quilombolas possam estar, junto com as lideranças, professores e coordenadores, discutindo, avaliando e estudando formas para que a gente tenha uma educação diferenciada e de qualidade dentro das nossas comunidades. E este encontro foi muito produtivo. A presença do secretário durante toda a tarde foi muito importante, pois pudemos discutir e propor ideias para que possamos avançar na Educação Quilombola e sairemos daqui com uma pauta de fortalecimento”.