Josélia de Lima / Governo do Tocantins

Como forma de incentivar a leitura, o cordelista Juarês Alencar Pereira entregou kits de literatura de cordel para as escolas que integram a educação prisional. Nessas instituições de ensino desenvolvem o projeto Ler para Libertar, que tem o objetivo de ampliar o conhecimento sobre a leitura, a interpretação, a produção de textos e o conhecimento sobre os gêneros literários.

Juarês trabalha na Gerência de Educação de Jovens e Adultos (EJA), da Secretaria Estadual de Educação e entre suas funções está a de acompanhar o ensino e a aprendizagem nessas unidades escolares.

O kit é formado por uma caixa contendo 10 cordéis com temáticas educativas que abordam conteúdos sobre dengue, África, a necessidade de preservar a natureza, sobre o próprio cordel e pluralidade cultural, entre outros. 

Desde 2005, em Colinas do Tocantins, Juarês vem desenvolvendo um trabalho de literatura de cordel nas escolas do Tocantins por meio de realização de oficinas que visam promover a produção de cordéis e sua divulgação.

Falando sobre a utilização dos textos escritos em forma de cordéis no processo de ensino e de aprendizagem, principalmente, nas turmas da EJA, Juarês explicou: “O cordel é um importante instrumento didático por ser uma literatura de fácil entendimento. Um texto complexo quando transformado em cordel se torna de fácil compreensão. E por ser uma literatura lúdica também se torna atrativa, incentivando o hábito da leitura”.

Perfil 

Juarês já tem um nome consolidado na história da literatura de cordel brasileira. Ele representou o Tocantins na coletânea Brasil entre cordéis e lendas, também suas criações estão em obras como Cordelistas contemporâneos 2022.

De sua autoria, destaca o projeto Rimas que ensinam, por meio do qual o educador utiliza a literatura de cordel como instrumento pedagógico e propondo a reflexão de temas educativos. 

Ele também entregou obras para a biblioteca da Universidade Federal do Tocantins, como forma de contribuir ainda mais para a divulgação da literatura em rimas. 

O poeta Juarês nasceu em Exu, Pernambuco, na mesma cidade do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, veio para o Tocantins, em 1991, e foi morar em Colinas, lugar que trabalhou como professor e assessor de currículo. 

Mesmo assumindo outras funções no setor da Educação, paralelamente, continuou com a produção dos cordéis que foram apresentados em eventos como o Salão do Livro do Tocantins e em diversos eventos de leitura nas escolas. E também, Juarês foi se firmando como cordelista e atualmente, trabalhos seus integram várias obras literárias brasileiras.