Educação ofertou mais de 44 milhões de refeições para os alunos da rede estadual de ensino em 2023

Sergipe

12.01.2024

Em um ano revolucionário para a merenda escolar da rede pública estadual de Sergipe, a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), através do Departamento de Alimentação Escolar (DAE), fez um excelente trabalho para a manutenção da segurança alimentar no ambiente escolar. Em 2023, foram distribuídas mais de 44 milhões de refeições para os 165 mil alunos matriculados em todas as 318 unidades de ensino estaduais, em aproximadamente 6,1 mil toneladas de produtos utilizados (6.156.754,41 quilos no total). Foram investidos exatos R$ 50.107.259,71 através do Sistema de Alimentação Escolar da Seduc (Saesc). 

Além disso, vale o destaque para a eficiência do DAE em relação ao abastecimento e fornecimento de alimentação ao longo do ano para as dispensas escolares, a fim de garantir diariamente que os estudantes pudessem se alimentar de maneira equilibrada, regular e digna.

A diretora do DAE, Lucileide Rodrigues, ressalta que, apesar do ano de 2023 ter sido desafiador, o departamento registrou resultados excelentes, principalmente com os programas lançados, como a introdução do camarão na alimentação escolar em algumas DRE’s do Estado. “Nossa premissa não é tratar o aluno só na escola. Nós temos que envolver toda a comunidade escolar, os pais, a direção, as merendeiras, para que a alimentação escolar vire pauta desde o dia da matrícula”, afirmou.

Planejamento para 2024

Para o ano de 2024, a diretora do DAE afirma que “a intenção do departamento é manter o mesmo ritmo, com o foco principal voltado à segurança nutricional e alimentar dos estudantes da rede”. Para isso, Lucileide garante que haverá grande diálogo com todas as Diretorias Regionais de Educação (DRE’s) para que, no primeiro momento, os depósitos das instituições sigam o regulamento da RDC 216 que, de acordo com a Anvisa, é o método que determina os padrões de boas práticas com o intuito de garantir condições higiênicas dos alimentos preparados, além do bem-estar e da saúde do aluno. 

Após adequação das escolas pela RDC 216, é que se dará início a distribuição de produtos para as escolas da rede estadual. No dia 29 de janeiro, serão distribuídos os cereais (macarrão, biscoito, óleo de soja, entre outros); no dia 5 de fevereiro, serão entregues os alimentos perecíveis (as proteínas animais e maçãs); e, no dia 15 de fevereiro, serão encerradas as entregas dos lanches considerados prontos, como o pão, que voltou ao cardápio da alimentação escolar no ano passado. Vale lembrar que a compra de hortaliças é de responsabilidade das próprias instituições de ensino, com as verbas presentes também no Profin Merenda.

Em 2024, o DAE promoverá uma ação cujos benefícios serão de grande valia para a comunidade escolar ao se fazer presente desde o ato de inscrição de novos alunos e na renovação de vínculo dos que já pertencem à rede estadual. Agora, os pais e/ou responsáveis poderão citar, no momento da matrícula, sobre as alergias e restrições alimentares, visando controlar e adaptar o cardápio da merenda em prol da saúde do estudante.

Uma nova alimentação escolar

Uma das muitas novidades para esse ano envolve a tradição e a cultura quilombola e indígenas em diversas unidades de ensino. A hora da merenda terá, no mínimo, um dia do cardápio dedicado à culinária típica das regiões onde estas comunidades estão presentes, visando valorizar e se alimentar de pratos nos quais estão mais acostumados a se alimentarem. Além disso, serão adicionados às dispensas escolares de todas as DRE’s o macarrão fusilli, popularmente conhecido como “parafuso”, que, de acordo com a diretora do DAE, Lucileide Rodrigues, “é mais atrativo para os estudantes, possui mais durabilidade e é melhor para ser armazenado”. Para enriquecer ainda mais o valor nutricional da merenda escolar, o DAE fará a implementação de novas frutas, como o melão e o abacaxi.

Uma das merendeiras do Centro de Excelência Secretário de Estado Francisco Rosa Santos, Fernanda Sanane, também é vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Estado de Sergipe (Sintrase), e não poupou elogios em relação à alimentação escolar, principalmente a entrada do camarão nas refeições.

“A implementação do camarão foi algo que me deixou extremamente feliz. Através da merenda escolar, levamos aos alunos o conhecimento e a prática de hábitos saudáveis dentro e fora da escola. No caso do camarão, fiquei feliz por ser um alimento típico do nosso estado, altamente nutritivo. Houve uma força tarefa do Governo, da Seduc, das escolas e principalmente de nós merendeiras, por se tratar de um alimento que pode causar alergia. Mas deu tudo certo, os alunos ficaram muito satisfeitos”, finalizou.