Educadora Indígena do Pará incentiva aprendizagem na aldeia

Educação

08.03.2018

Na educação escolar indígena, com foco nas etnias no território paraense, a presença feminina também é referência na formação de cidadãos paraenses. A professora paraense Johopo Kukakrykre Airomkwyiti, 43 anos, da etnia Gavião, não mede esforços para atender seus alunos em plena aldeia, em trabalho sintonizado com a Coordenação de Educação Escolar Indígena (Ceind), da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).


Johopo leciona a disciplina de Artes e Bilíngue (Língua Indígena) na comunidade indígena Krijõherekatêjê (Gavião), no Município de Bom Jesus do Tocantins, no Sudeste do Estado.


“Sinto-me orgulhosa em poder contribuir como membro de minha comunidade para a formação dos alunos Indígenas, repassando conhecimentos acadêmicos, mas, fundamentalmente, as tradições culturais do Povo Indígena Gavião e sua identidade. Isso é o que me motiva enquanto professora”, afirma Johopo.


Essa professora da Seduc formou-se, em 2016, pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), no curso de Licenciatura Intercultural Indígena. A professora conta que encontrou dificuldade durante a graduação, principalmente com o ritmo do curso e na adaptação a uma outra cultura dentro da universidade.


“Acredito que meu desenvolvimento como professora está se potencializando a cada dia, pois é na prática que conseguimos ter a verdadeira noção da Educação Escolar Indígena”, pontua a professora Johopo Kukakrykre Airomkwyiti.


Responsável pelas aulas para 50 alunos, a partir do 1º ano do Ensino Fundamental até o 1º ano do Ensino Médio regular, Johopo não abre mão de se manter atualizada sobre práticas pedagógicas e de orientar seus alunos sobre a importância dos estudos e da cultura indígena, particularmente do povo Gavião.

Texto:Eduardo Rocha (Ascom-Seduc)
Foto: Arquivo (Ascom-Seduc)