A Secretaria de Estado da Educação realizou visitas às Aldeias Forte e Mont Mor, localizadas nos municípios de Baía da Traição e Rio Tinto, respectivamente, nos dias 25 e 26 de julho. O objetivo dessas visitas foi discutir políticas públicas para a educação e desenvolvimento de cursos de qualificação profissional voltados para as mulheres indígenas e levantar informações essenciais para o estudo de implementação do projeto Mulheres Mil.

A visita, representada pelo Programa ParaíbaTEC, contou com a presença da coordenadora geral do ParaíbaTEC, Adriana Cardoso, o coordenador adjunto pedagógico, Rinaldo Filho, a coordenadora de articulação, Josilda Hermínio, e a coordenadora da Ação Agricultura Familiar na Secretaria de Estado da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido, Conceição Belmiro. Essa equipe buscou, ainda, fomentar discussões para a elaboração do projeto de submissão para o Mulheres Mil, iniciativa do Governo do Estado por meio do PRONATEC.

No primeiro dia da visita (25), a equipe foi recebida pela Comadre Guerreira e pelas demais mulheres guerreiras da Associação Toré Forte, que abriram a reunião com o Toré, uma manifestação religiosa e cultural da tradição dos povos originários.

Durante as conversas com os aldeãos, Itajacyana, membro da aldeia Toré, ressaltou a importância dos cursos como uma forma das mulheres conquistarem autonomia e renda para suas casas. Já Pitiguaravi, da aldeia São Miguel e egresso da Rede, que atualmente estuda Antropologia na UFPB, apontou a relevância do diálogo como estímulo para a conscientização e busca por melhorias para a comunidade.

No segundo e último dia da visita (26), o encontro aconteceu na casa da Cacique Cal, uma das líderes da comunidade, e reuniu mulheres da aldeia Mont Mor, do município de Rio Tinto. Elas levantaram as questões particulares da sua aldeia e expressaram interesse em diversos cursos de qualificação, especialmente o de artesanato local.

Durante sua fala, o coordenador adjunto pedagógico, Rinaldo Filho, parabenizou o município de Rio Tinto pela alta quantidade de inscritos, um recorde no âmbito da educação profissional na Paraíba. Além disso, esclareceu algumas dúvidas relacionadas à solicitação de cursos pelas aldeias, que podem utilizar as associações como requerentes junto ao ParaíbaTEC.